Forte ressaca do mar atrapalha planos de veranistas no Litoral Norte gaúcho

Forte ressaca do mar atrapalha planos de veranistas no Litoral Norte gaúcho

Águas estavam tão fortes que obrigaram as pessoas a se posicionarem no final da faixa de areia

Chico Izidro

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Uma forte ressaca atrapalhou os veranistas neste domingo no litoral norte gaúcho. Na praia de Atlântida, vizinha de Capão da Canoa e Xangri-Lá, as águas estavam tão fortes, que obrigaram as pessoas a se posicionarem no final da faixa de areia, quase colados nas dunas. Mesmo assim, as ondas invadiam o espaço, chegavam até nos quiosques e fazendo muitas vezes com que as pessoas tivessem de recolher seus pertences rapidamente, para não molharem ou mesmo sendo levados pelos refluxos. Apesar deste contratempo, o dia estava bonito, com céu muito azul, temperatura de 24 graus e total ausência de vento. 

O mar estava muito agitado, com ondas grandes e violentas. Assim, poucos veranistas se arriscaram a entrar nas águas, escuras mas quentes. “Vou apenas molhar os pés”, garantiu Maria Cristina Oliveira, de Porto Alegre e que chegou em Atlântida para curtir o carnaval. “Não vou deixar de vir para a praia, pois quero aproveitar ao máximo estes dias, só que não vou me arriscar entrando no mar”, garantiu ela.

 

Já o surfista Victor Corrêa, de Arroio do Meio, disse que as ondas altas dificultavam um pouco a prática de seu esporte preferido. “O mar, do jeito que estão, de ressaca, por um lado é ruim. Deixam as ondas muito altas, e elas dificultam o surfe. Só que por outro lado, aí é que fica bom, pois as manobras ficam mais difíceis de serem feitas, exigindo mais esforço da gente. Então eu curto”, analisou o rapaz de 32 anos, e praticante de surfe desde os 15 anos. 

A forte ressaca, no entanto, atrapalhou o trabalho da sorveteira Alessandra Vieira, de Porto Alegre. “O dia está terrível. Não estou conseguindo vender nenhum picolé, porque simplesmente não posso andar com o meu carrinho pela beira do mar. É muita onda e a areia fica muito fofa, e se eu tentar, o carrinho atola”, contou ela, desesperada. “E ainda existe o risco de se vir uma onda muito forte, virar ele e eu perder todos os produtos. E neste caso, quem arca com o prejuízo sou eu. O dia nem acabou, mas para mim já acabou”, lamentou Alessandra.

Foto: Fabiano do Amaral


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