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Especial

Adaptação de “Hell” estreia em Porto Alegre nesta sexta

Protagonizado por Bárbara Paz, espetáculo é baseado em best seller francês

Bárbara Paz protagoniza Hell ao lado de André Bankoff | Foto: João Caldas / Divulgação / CP
Transformar literatura em teatro foi um dos maiores desafios que Hector Babenco encontrou ao adaptar – com Marco Antonio Braz – e dirigir “Hell”, romance de estreia de Lolita Pille, de 2003, quando a autora com apenas 21 anos virou fenômeno editorial na França e best seller em vários países. Protagonizado por Bárbara Paz, o espetáculo chega a Porto Alegre amanhã e sábado, 21h e domingo, 18h, no Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/n); a Novo Hamburgo, de 7 a 9 de março, no Teatro Feevale e a Campo Bom, cidade natal da atriz, de 14 a 16 do próximo mês, no Teatro CEI (Auditório Marlise Saueressig).

Fútil, arrogante e consumista, "Hell" representa uma geração de jovens milionários que gastam, transam e se drogam compulsivamente. Vagam por locais da moda e vitrines chiques de Paris, na trama, mas a ação poderia se passar em qualquer outra metrópole, em que impera o individualismo. Incapaz de enxergar o outro, dado seu egocentrismo, ela vive uma relação amorosa intensa e destrutiva com Andrea (André Bankoff), tão rico e imerso no vazio do excesso quanto ela.

“Ambos estão perdidos dentro de si. E quando se apaixonam não sabem se relacionar”, diz Bárbara. Esta impossibilidade afetiva vem ao encontro do amor líquido, definido pelo sociólogo Zygmunt Bauman, em que “nada é feito para durar, nada é sólido nessa geração”, complementa.

Em cena, a atriz gaúcha fuma muito e expõe pensamentos desconexos. Sobre a troca incessantemente de figurino, ela comenta que exigiu disciplina e foco, tendo como propósito fazer “o retrato do vício, da repetição”. Sua personagem compra dezenas de roupas e acessórios, sem saber muito o que fazer com estes objetos, todos de grife, que ficam dispostos em um canto do cenário.

Para Babenco, “Hell” traça um painel dramático de uma geração de filhos de milionários que, em meio ao consumismo desvairado, a falta de objetivos e ao excesso, principalmente de drogas, verbaliza apenas pensamentos contraditórios marcados por um penoso e dramático vazio existencial. Este é o terceiro trabalho no teatro do diretor, que no cinema fez “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia” (1977); “Pixote, a Lei do Mais Fraco” (1980); “O Beijo da Mulher Aranha”, que lhe rendeu uma indicação como diretor e o prêmio de Melhor Ator, a William Hurt, no Oscar e “Carandiru” (2003), entre outros. Ele também dirigiu os espetáculos “Loucos de Amor” (1988), de Sam Shepard, com Edson Celulari, Xuxa Lopes, Antonio Calloni e Linneu Dias; e “Closer - Mais Perto (2000)”, de Patrick Marber, com Renata Sorrah, José Mayer, Marco Ricca e Guta Stresser.

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Correio do Povo