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Especial

Advogados de Harvey Weinstein não conseguem adiar seleção de júri

Defesa alegou que novas acusações criminais impossibilitam escolha de uma junta imparcial

Quase 90 mulheres denunciaram Weinstein por assédio, agressão sexual ou estupro | Foto: Stephanie Keith / AFP / CP

A defesa do ex-produtor de cinema Harvey Weinstein pediu, sem sucesso, o adiamento da seleção dos jurados que deve começar nesta terça-feira. A alegação era que as novas acusações criminais apresentadas na noite anterior em Los Angeles impossibilitem a escolha de um colegiado imparcial. 

No segundo dia deste julgamento, o advogado Arthur Aidala estimou que as novas acusações contra Weinstein por agressões sexuais contra duas mulheres em 2013, anunciadas pela Promotoria de Los Angeles no início de seu julgamento em Nova Iorque por outros crimes, "não tem precedentes" e são "incrivelmente prejudiciais" para o seu cliente. Segundo ele, são "um presente de Natal" para a acusação e tornam impossível a seleção de um júri "imparcial". 

O juiz James Burke rejeitou o pedido e respondeu que todos os réus são considerados inocentes até o final do processo. No entanto, o magistrado não descartou a modificação do questionário ao qual os jurados em potencial serão submetidos, se a defesa quiser incluir perguntas após a acusação na Califórnia. 

Weinstein, de 67 anos, chegou nesta terça-feira à Suprema Corte de Manhattan vestindo um terno cinza, camisa branca e gravata cinza. Estava pálido e caminhava com a ajuda de um andador, após uma recente cirurgia nas costas a que foi submetido depois de um acidente de carro em agosto. 

O juiz o repreendeu por usar seu telefone celular no tribunal para enviar mensagens de texto, apesar dos avisos de que não poderia fazê-lo. Disse que Weinstein seria preso se o fizer novamente. "Tem havido problema todos os dias da audiência. É assim que você quer acabar na cadeia, simplesmente enviando mensagens de texto?", perguntou. 

Weinstein negou ter usado o telefone na sala. "Não, não", disse, balançando a cabeça em negação quando o juiz se dirigiu a ele. O magistrado estimou que, após duas semanas de seleção do júri, os argumentos iniciais de ambas as partes serão ouvidos em 22 de janeiro. 

Quase 90 mulheres, incluindo as famosas atrizes Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow, denunciaram Weinstein por assédio, agressão sexual ou estupro desde que o New York Times revelou várias acusações contra ele em 5 de outubro de 2017. 

Mas Weinstein é julgado em Nova Iorque apenas por agressões contra duas mulheres: um suposto estupro em 2013 e um suposto abuso sexual em 2006. Os outros crimes foram prescritos. Se condenado, enfrenta uma sentença máxima de prisão perpétua. Se for absolvido, deverá ser julgado em Los Angeles pelas novas acusações apresentadas. 

AFP