Essa revelação gerou indignação em boa parte da classe política portuguesa, que considerou que a estrela americana estava sendo tratada de forma especial. O Bloco de Esquerda, aliado aos socialistas no governo português, pediu que regularizassem o estacionamento "com responsabilidade", visto as dificuldades que os lisboetas têm neste local. O PSD (centro), principal partido de oposição, quis saber "a razão para o prefeito autorizar tal exceção". Outra formação de centro, CDS, acusou Fernando Medina, atual prefeito, "de usar o patrimônio para o seu benefício".
Diante das reações, a Prefeitura lisboeta publicou nesta segunda-feira o conteúdo do contrato com Madonna, cujo objetivo era "evitar as perturbações de tráfego em uma rua estreita, mas muito transitada". O documento, assinado em janeiro, prevê o pagamento de um aluguel mensal de 720 euros pelo terreno e proíbe que a cantora tenha acesso ao palácio vizinho, que atualmente é objeto de negociações para se tornar a próxima embaixada do Timor-Leste.
O contrato terminará se Portugal e o país asiático chegarem a um acordo para estabelecer ali a sua representação diplomática. Madonna se instalou em Lisboa no verão de 2017 seguindo os passos de estrelas do cinema como Monica Bellucci, Michael Fassbender e John Malkovich, além do criador de sapatos Christian Louboutin.
AFP