Com o livro de poemas “Olhos de Vênus”, distribuído pela editora Artes & Ecos, a escritora Ana Luiza Antunes fala da casa, do desejo, da memória, das origens. São 48 poemas que conversam entre si de alguma forma. Paradoxalmente, imagens recorrentes lançam linhas para diferentes filtros interpretativos. Criada em uma família de muitos professores e pessoas que amavam a literatura, a autora começou a escrever ainda criança, mas guardava seus poemas em gavetas. Para ela, a poesia é a forma mais interessante de lidar com a palavra, que tem mais peso inserida no poema. São pequenas percepções íntimas sobre estar no mundo. Palavras de uma mulher que sabe dar voz a outros.
“A matéria de Ana Luiza é o prosaico, o cotidiano, aquilo que afeta qualquer pessoa”, pontua o escritor Caio Riter, responsável pelo prefácio da obra. “Há necessidade da poesia de Ana Luiza, cuja voz é de pássara, que procura tocar a escura superfície de si, sem abrir mão de ir ao encontro do leitor”, diz.
Bageense radicada em Porto Alegre desde 1991, com doutorado em Teoria da Literatura pela PUC-RS, Ana Luiza é professora de Língua Espanhola do Colégio Militar de Porto Alegre. Já coordenou oficinas de criação literária. Em 2018, organizou a coletânea de crônicas “Meninas de Bagé”, com 19 autoras. Atualmente, desenvolve o projeto foto#verso em uma página do Facebook, em parceria com Maria Eunice Moreira, uma interlocução entre poemas e fotografias.
A sessão de autógrafos, que seria no Instituto Goethe, foi cancelada devido à pandemia. O livro está com vendas diretas na editora www.arteseecos.com.br.
Correio do Povo