Foi uma mistura de Psicodália, o festival de música de Santa Catarina, no Carnaval, com a distante, no tempo, Woodstock, nos EUA. Mas em vez de rock o que saía da banda do Bloco e dos instrumentos de sopro era samba e suingue.
Organizado por artistas gaúchos, entre os quais o Diego Machado, Juliano Bastos, Júlia Rodrigues e Thiago Pirajira, o carnaval do Bloco da Laje fez todos os presentes cantarem, pularem, se agitarem num clima de felicidade geral entre os participantes de todas as idades, mas com a predominância do publico jovem.
Perucas, lenços de pirata, chapéus, shorts, bermudas, halo de anjos e dezenas de acessórios de fantasias compuseram o figurino dos foliões. Luíza Barros, pulou sem parar, junto da amiga Natália e do amigo Yuri. “É a sétima edição do carnaval e Bloco e eu vim a todas”, gritava na tentativa de superar o volume da música o trio elétrico do carro de som. Ela mora no Bom Fim.
Residente na Zona Norte, Natália Mesquita, muito pintada e fantasiada de Arlequina, acompanha o Bloco da Laje onde ele se apresentar. “Estou com essa gente sempre, sempre”, disse sorrindo, e segurando a mão da sua pequena, Betina, de cinco anos, também envolvida pelo alto astral do carnaval. O Bloco passou pela rua Rio Pardo e parou em frente à residência onde morou a cantora gaúcha Elis Regina, falecida aos 36 anos em 1982. No local foi feita homenagem com apresentação musical e artística dos foliões e artistas.
A apresentação do Bloco da Laje faz parte da agenda do Carnaval de Rua de Porto Alegre que começou na tarde deste sábado e se encerra no dia 18 de março, prometendo arrastar multidões nos bairros onde passar, como a Orla do Guaíba, Cidade Baixa e Centro.
Heron Vidal