Até sexta-feira, foram vendidos 110 ingressos, de um total de 180, para os camarotes do Complexo Cultural do Porto Seco. A expectativa é reforçar as vendas na próxima semana durante ensaios das escolas e comercializar os 70 tíquetes restantes. Os valores agora variam de R$ 800 a R$ 1.500 dependendo da localização ao longo da passarela. Cada camarote tem capacidade para 15 pessoas e dá o direito a três vagas no estacionamento exclusivo para o setor. O diretor financeiro da UECGAPA, Rodrigo Costa, minimizou a retirada da Liespa do Carnaval.
Conforme Costa, os novos organizadores estão trabalhando para revitalizar o evento. O dirigente explica que o dinheiro arrecadado com as vendas de ingressos garante 80% dos custos para a realização do desfile — estimados em R$ 170 mil. "Carnaval depende da escolas e não da Liespa. Estamos fazendo uma organização independente, por isso a saída da Liga não atinge o nosso planejamento ou nosso cronograma", ressalta. Na terça-feira, os ingressos serão vendidos na Imperatriz Dona Leopoldina; na quarta-feira, na Imperadores do Samba; e na quinta-feira, na Bambas da Orgia. As bilheterias vão abrir sempre às 21h.
Comunicado da Liespa
Em comunicado divulgado ontem, a Liespa explica que a ausência da Prefeitura impossibilita a entidade de fazer parte da elaboração do evento. A nota, assinada pelo presidente Juarez Gutierres de Souza destaca que a Liespa "incansavelmente procurou empresas parceiras para custear as demandas mínimas necessárias para a realização" do evento e acrescenta que a "entidade ficaria responsável apenas com a coordenação técnica dos desfiles”. A entidade, no entanto, liberou as filiadas para realizarem os desfiles de forma independente.
A Liga salienta que existe um passivo referente ao último Carnaval, promovido em 2017, e afirma que a decisão é uma "atitude responsável e respeitosa aos credores do último carnaval realizado". Por isso, a decisão de não mais realizar o evento. Segundo a entidade, a organização se tornou “inviável”, tendo em vista que a Liga é pessoa jurídica sem fins lucrativos e voltada à cultura popular. Neste ano, a Liga participou de reuniões com presidentes de entidades filiadas. Foi deliberado que as escolas irão realizar o desfile do grupo especial (Ouro) por adesão. “Não aderiram duas entidades: a Embaixadores do Ritmo e a Acadêmicos de Gravataí, e estas duas sem prejuízos em futuros carnavais”, completa a nota.
Felipe Samuel