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Verão

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CCMQ inaugura a exposição "Visionar o futuro é a única forma de criá-lo"

A mostra faz uma reflexão sobre identidade, imaginação e resistência

A mostra reúne obras de Kaindé Kainã Arvoredo, Loba, Sue Gonçalves, Vicente Lara, Zaire Rodrigues, Gabz 404 e Morgan Lemes, sendo estes dois últimos os idealizadores do projeto | Foto: Gabz 404 / Divulgação

A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) inaugura nesta sexta-feira, 24, às 18h, a exposição coletiva "Visionar o futuro é a única forma de criá-lo", na Galeria Virgílio Calegari, localizada no sétimo andar da CCMQ (rua dos Andradas, 736). A mostra reúne obras de Kaindé Kainã Arvoredo, Loba, Sue Gonçalves, Vicente Lara, Zaire Rodrigues, Gabz 404 e Morgan Lemes, sendo estes dois últimos os idealizadores do projeto.

A mostra é o resultado de uma residência artística conduzida por Gabz e Morgan na CCMQ, entre o final de outubro e o início de novembro. O projeto reuniu pessoas trans, que foram estimuladas a exercitar a imaginação radical para criar futuros livres de sistemas cisnormativos e de uma narrativa de violência, que normalmente é atribuída a essas identidades. A partir dos encontros, o grupo construiu coletivamente a exposição, que tem como foco falar sobre processos.

A própria vernissage será parte da montagem e, durante o período em que a exposição estiver em cartaz, os artistas continuarão produzindo e construindo a mostra, provocando a reflexão de que, assim como o corpo trans, o futuro não vem pronto, embalado a vácuo, inócuo, como se não dependesse do que veio antes.

“Encaramos essa visão do futuro com os pés no chão, permitindo-nos sonhar sem esquecer tudo o que é e o que já foi. No dia da abertura, haverá uma performance, que será filmada e incorporada à exposição posteriormente. Também teremos uma instalação interativa para que o público possa experimentar e criar”, afirma Gabz 404.

Uma parte da exposição é dedicada a obras de outros artistas trans. Esse espaço tem como objetivo permitir que pessoas que geralmente são excluídas dos sistemas normativos na arte possam ter acesso a esse meio. “Sabemos que não se pode falar sobre transgeneridade sem abordar outros recortes, e um recorte racial estará evidente em algumas obras. Nem todos os corpos podem ser tocados. Além disso, todo o espaço estará protegido por espadas-de-ogum”, conclui Gabz 404.

Correio do Povo