Os artigos da Chanel, como bolsas, casacos e sapatos confeccionados com peles exóticas, eram vendidos por até 9 mil euros (10.300 dólares). Nesta terça-feira, no site da marca, as bolsas de píton não estavam mais disponíveis para venda.
O estilista veterano da marca Karl Lagerfeld disse à revista Women's Wear Daily que a Chanel usava peles tão raramente que não conseguia se lembrar da última vez que estas apareceram nas passarelas. Ele disse que a marca optou por abandonar as peles exóticas em vez de esperar que isso fosse imposto. "Fizemos isso porque é algo que está no ar", contou.
A associação de direitos dos animais Peta aplaudiu a medida: "Não há nenhum sinal de modernidade na utilização de peles roubadas de animais atormentados", disse. "Está claro que chegou o momento de que todas as marcas, como a Louis Vuitton, sigam o exemplo da Chanel e passem a utilizar materiais inovadores em vez de pele animal", acrescentou a Peta. Outras marcas de luxo, como Gucci, Versace, Armani e Hugo Boss já tinham anunciado que estavam abandonando o uso de peles de vison, raposa e coelho, ante um consumidor cada vez mais sensibilizado com o bem-estar animal.
AFP