"O México acordará hoje com uma notícia extraordinariamente grata, positiva e alentadora", celebrou Francisco Javier López Morales, diretor de Patrimônio Mundial do Instituto Nacional de Antropologia e História e membro da delegação mexicana que defendeu a candidatura na cidade africana. A Unesco defendeu a inscrição afirmando que a charreada é "um elemento importante da identidade e do patrimônio cultural das comunidades depositárias desta tradição e constitui para elas um meio de transmitir valores sociais importantes às novas gerações". Também acrescentou que a prática é considerada uma arte equestre e também um esporte no qual homens e mulheres mostram diante do público seu domínio do cavalo.
Já o carnaval de El Callao anualmente, de janeiro a março, reúne na Venezuela milhares de pessoas fantasiadas de personagens históricos ou imaginários que desfilam ao som do calipso, um ritmo proveniente das Antilhas. Segundo a Unesco, a festividade "coloca em destaque a história dos callaoenses, fortalece sua identidade, fomenta a unidade entre eles e incita as gerações mais jovens a descobrir seu patrimônio cultural. "Estamos festejando esta conquista com todos os povos da América Latina e do Caribe", disse à Benito Irady, membro da delegação venezuelana que viajou a Adis Abeba para defender a candidatura da festa, uma prática cultural das comunidades de El Callao, localidade de 20 mil habitantes no estado de Bolívar, ao sul do país.
Além das tradições latinas, uma arte oriental também foi contemplada na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade: a ioga. "A filosofia subjacente à antiga prática na Índia influenciou em vários aspectos da sociedade deste país, que vão da saúde e medicina até a educação e as artes", afirmou a instituição ao tombar a atividade. "Baseada na unificação da mente, corpo e alma, a prática de ioga melhora o bem-estar mental, físico e espiritual das pessoas", destacou a Unesco.
AFP