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Cineasta iraniano Jafar Panahi deixa o Irã pela primeira vez em 14 anos

O renomado diretor estava proibido de deixar o país desde 2010, quando foi condenado a seis anos de prisão por "propaganda contra o sistema"

O cineasta ganhou um Leão de Ouro na Mostra de Veneza pelo filme "O Círculo" (2000) e um Urso de Ouro em Berlim por "Taxi Teerã" (2015) | Foto: ATTA KENARE / AFP

O diretor de cinema iraniano Jafar Panahi, solto sob fiança em fevereiro, deixou a República Islâmica pela primeira vez em 14 anos para fazer uma visita à França, informou seu advogado à AFP nesta quarta-feira, dia 26.

O renomado cineasta de 62 anos, cujos filmes foram premiados em vários festivais de cinema europeus, foi libertado sob fiança em fevereiro, após ter passado quase sete meses em uma prisão em Teerã.

Ele estava proibido de deixar o país desde 2010, quando foi condenado a seis anos de prisão por "propaganda contra o sistema".

"Depois de cumprir sua pena, Panahi foi autorizado a deixar o país e obteve seu passaporte", disse o advogado Saleh Nikbajt.

Na noite de terça-feira, dia 26, a esposa do diretor publicou uma foto no Instagram que mostra o casal em um aeroporto.

Nikbajt confirmou que o cineasta foi à França para visitar a filha, que mora no país, sem especificar a duração da viagem.

Panahi foi preso no dia 11 de julho de 2022 e libertado em fevereiro deste ano, após iniciar uma greve de fome para protestar contra as condições de sua prisão.

"Até onde eu sei, não há mais nenhum processo legal aberto contra ele", disse seu advogado.

O cineasta ganhou um Leão de Ouro na Mostra de Veneza pelo filme "O Círculo" (2000) e um Urso de Ouro em Berlim por "Taxi Teerã" (2015). Três anos depois, venceu o prêmio de melhor roteiro por "Three Faces" no Festival de Cannes.

Seu último filme, "No Bears", protagonizado por ele mesmo como em muitas de suas produções recentes, estreou no ano passado na competição de Veneza, mas o diretor já estava preso. A produção ganhou o prêmio especial do júri.

AFP