A obra retrata a trajetória do rei português dom Sebastião, que perdeu a batalha de Alcácer Quibir e teve seu corpo engolido pelas areias do Marrocos. A partir de então, surgiu o mito de que seu espírito organizou um exército que passou a explorar novas terras, até chegar ao Brasil. Na Ilha de Lençóis, no Nordeste brasileiro, ele teria fundado seu reino encantado, onde, diz a lenda, ele sempre se deixa ver na forma de um touro encantado, aguardando esperançoso que algum corajoso finalmente apareça e o liberte da maldição que o colocou naquela situação.
O longa recebeu o prêmio do fundo suíço Visions Sud Est, foi exibido como work-in-progress (obra em construção) na Carte Blanche do 67º Festival Internacional de Cinema de Locarno e teve sua estreia mundial no 44º Festival Internacional de Cinema de Roterdã, onde foi um dos 12 concorrentes ao Prêmio Fipresci da critica internacional.
A ideia do projeto Academia das Musas é promover uma pesquisa das mulheres que fizeram cinema ao longo da história e de realizadoras atuais, e difundir as suas obras. No início da indústria cinematográfica, as mulheres ocupavam diversas funções, como diretoras, roteiristas e montadoras. Este número foi reduzido drasticamente entre as décadas de 30 e 70, quando então as mulheres começam a se organizar para uma retomada, para alcançar o patamar do cinema. Uma pesquisa da Ancine, divulgada recentemente, confirma pequena presença feminina na produção audiovisual.
O Touro (Teaser) 2015 from Tu i Tam Filmes on Vimeo.
Correio do Povo