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"Cinquenta Tons Mais Escuros" falha na tentativa de ser um romance erótico

Sequência de "Cinquenta Tons de Cinza" chega aos cinemas nesta quinta-feira

"Cinquenta Tons Mais Escuro" traz Dakota Johnson e Jamie Dornan como protagonistas deste romance | Foto: Divulgação / CP
Chega nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira a sequência "Cinquenta Tons Mais Escuros" que apresenta o segundo capítulo da história de amor e submissão entre Anastasia Steele (Dakota Johnson) e Christian Grey (Jamie Dornan). Desta vez dirigido por James Foley, responsável por "Sucesso a Qualquer Preço", e alguns episódios da série "House of Cards", o longa parte do ponto em que o ex-casal tenta se reconciliar após o fim do acordo que Anastasia havia assinado com o amante sádico.

Christian Grey, que não gosta de ser contrariado, corre atrás da jovem e pede para voltar e aceita os novos termos que a personagem o submete: sem regras, sem contratos e sem segredos. Enquanto os dois começam a construir um relacionamento baseado em confiança e estabilidade, figuras sombrias do passado do Sr. Grey começam a assombrar o casal, determinadas a destruir todas as suas esperanças de um futuro juntos.

Mesmo com o sucesso de bilheteria que "Cinquenta Tons de Cinza" arrecadou durante sua passagem pelos cinemas, "Cinquenta Tons Mais Escuro" não parece ter aprendido com os erros do primeiro filme. O roteiro de Niall Leonard cria situações fantasiosas para encurralar estes amantes para logo em seguida solucioná-las ou a base de dinheiro, ou Christian Grey mandou sua equipe dar um jeito ou porque o amor é mais forte que tudo.

São conflitos que provocam mais risadas do que suspense no espectador. Sem contar os diálogos com frases de efeito bastante antiquadas e forçadas. A direção fraca de James Foley parece mais preocupada em fantasiar este conto de fadas do século 21 com "rapidinhas", presentes caros e comportamentos instáveis. Falta firmeza na direção que deixa o casal alheio ao resto do mundo, parecendo dois adolescentes mimados do que adultos. 

Dakota Johson e Jamie Dornan não apresentam nenhuma química que convença que estão realmente apaixonados e que não vivem um sem o outro. Perceba que no início do filme Anastasia está triste porque está sem o amado. A sua expressão continua a mesma após ter reconciliado com Christian Grey. "Cinquenta Tons Mais Escuro" ainda conta a participação inútil de Kim Basinger que é um tanto embaraçosa para uma atriz com tamanho repertório no cinema. O único fator positivo do filme é a trilha sonora que consegue provocar mais em nosso imaginário com canções de Sia, Halsey, ZAYN e entre outras, do que a ação em cena. 

"Cinquenta Tons Mais Escuro" se revela mais uma piada diante de tantas situações constrangedoras que fica longe de ser considerado um romance erótico pra ser levado a sério. 

Lou Cardoso