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Verão

Especial

Com cortes na cultura, Anima Mundi lança financiamento coletivo para garantir sobrevivência

Um dos principais festivais de animação do mundo está sob risco de não ocorrer

Antes da crise, o orçamento médio do festival era de R$ 3 milhões | Foto: Festival Anima Mundi / Divulgação / CP

Um dos principais festivais de animação do mundo, o brasileiro Anima Mundi, lança a partir desta segunda-feira, uma campanha de crowdfunding  (financiamento coletivo) por meio do site Benfeitoria para garantir sua sobrevivência após os cortes anunciados pelo governo na área de cultura – o dinheiro da Petrobras respondia por 30% do orçamento total. A ação, que segue até 27 de junho e pode ser acessada pelo site, tem como  objetivo arrecadar R$ 400 mil para viabilizar a realização da 27ª edição do evento, prevista entre os dias 17 e 21 de julho no Rio de Janeiro, e 24 e 28 de julho, em São Paulo. Caso não atinja a meta, não haverá festival neste ano.

"Diante da nova conjuntura do país – com o fim e o congelamento de recursos para a cultura – é a primeira vez, em quase 27 anos de história, que Anima Mundi corre o risco de não acontecer. E as consequências disso vão refletir de imediato na perda de empregos diretos e indiretos, menos opção de programação cultural e de entretenimento a preços populares, desmonte de uma indústria que cresceu exponencialmente e se consolidou na última década, ao contrário de outros setores industriais nacionais. E, ainda, deixar de apresentar o Brasil criativo para o mundo", afirmam os criadores.

No início da década de 1990, quatro jovens animadores inspirados pela força libertadora e transformadora da animação, se uniram pelo desejo de fomentar e espalhar a animação pelo Brasil. A iniciativa foi criada em 1993 por Aída Queiroz, Cesar Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães, responsáveis pela curadoria. Desde a criação, exibiu mais de 10 mil filmes de animação do mundo inteiro a preços populares, entre longas e curtas-metragens, além de promover oficinas abertas e gratuitas, debates, exposições, entre outras atividades. 

Em 26 anos, revelou talentos como Carlos Saldanha, Alê Abreu e já levou quatro vencedores do Grande Prêmio Anima Mundi à disputa final do Oscar, desde 2012, quando foi qualificado pela Academia de Hollyhwood. Com seu enorme público e acervo, Anima Mundi se tornou o maior festival de animação das Américas e um dos mais importantes do mundo, levando a animação brasileira para mais de 40 países. Além disso, realiza, ainda, o Anima Escola, que busca levar a linguagem da animação para as salas de aula, atuando com professores e estudantes.

Para 2019, está prevista a exibição de mais de 300 filmes, entre curtas e longas metragens selecionados e convidados pelos diretores/curadores do Festival, representando o que há de melhor na produção do cinema de animação nacional e internacional, dividido em categorias competitivas ou não competitivas. Para as primeiras foram: Curtas-metragens, Longas-metragens, Longas-metragens infantis, Curtas-metragens Infanti, Galeria e Portfolio. Já nas não-competitivas estão Panorama Internacional, Futuro Animador, Animação em Curso e Olho Neles!.

Correio do Povo