Como a política de guerra passa a ocupar muito tempo de Sarah, Abigail entra na brecha para preencher o espaço como companheira da rainha. A crescente amizade dá a ela uma oportunidade de cumprir suas ambições e ela não deixa que ninguém entre no seu caminho.
Dirigido pelo grego Yorgos Lanthimos, o filme é excepcional na sua execução que contém as assinaturas singulares do diretor já vistos em “O Lagosta” (2015) e “O Sacrifício do Cervo Sagrado” (2017). Entre elas, está a trilha sonora incômoda, que provoca o suspense e alerta para a ironia da história. A direção de arte escura e fria expõe um palácio contaminado pelo egoísmo e jogos de interesses.
“A Favorita” ainda possui um elenco formidável liderado por Olivia Colman, seguido por Rachel Weisz e Emma Stone, que conduz uma narrativa bizarra, irônica e ambiciosa. Cada uma possui uma personalidade oposta a outra e isso torna o filme empolgante devido às ações de cada uma. O trabalho conjunto das atrizes fortalece ainda mais este drama burguês, protagonizado por mulheres que não têm medo de expor as próprias vontades.
Lou Cardoso