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Especial

“Comboio de Sal e Açúcar” narra difícil trajeto de trem em meio à guerra civil africana

Filme tem a direção de Licinio Azevedo, gaúcho radicado na África

"Comboio de Sal e Açúcar" é adaptado do livro homônimo de Licinio Azevedo, que também é diretor | Foto: Panda Filmes / Divulgação / CP
A produção “Comboio de Sal e Açúcar” é baseado no livro homônimo do próprio diretor, Licinio Azevedo, um brasileiro radicado em Moçambique. O filme se passa neste país africano, em plena guerra civil, onde um trem, que liga Nampula (província do Norte de Moçambique junto ao oceano Índico) ao Malawi, atravessa uma perigosa zona de guerra. Esta viagem é a única esperança para centenas de pessoas dispostas a arriscar a própria vida numa viagem para garantir sua subsistência, indo trocar sal por açúcar no país vizinho.

Trafegando por trechos da linha de trem completamente sabotados, a jovem enfermeira Rosa, que está a caminho de um hospital onde irá trabalhar, conhece o tenente Taiar, que tem como missão conduzir todos a salvo. Um romance surge entre os dois e atenua, para ambos, o enfrentamento de uma realidade brutal que se desenrola ao seu redor.

O diretor, nascido em Porto Alegre e radicado há mais de 30 anos em Moçambique, esteve nesta semana na capital gaúcha. Documentarista reconhecido, este é seu terceiro longa-metragem de ficção. “O filme é baseado em fatos reais, apesar de os personagens serem fictícios”, explicou o cineasta. Ele pesquisou o tema e apurou que realmente existiam mulheres que corriam o risco de fazer uma viagem de trem por meio de uma região de conflito para poderem fazer um comércio de produtos básicos e, desta forma, sustentarem suas famílias.

No Festival de Cinema de Johannesburg, este título foi premiado como o Melhor Filme e, na sua estreia internacional, no Festival de Locarno, um dos mais importantes do mundo, foi o grande vencedor do Prêmio da Crítica Independente italiana, o Boccalino d’Oro, na categoria de melhor produção.



Correio do Povo