Este é o primeiro evento do tipo no país conservador, e os organizadores dizem que o "festival se concebe como audacioso". Os filmes selecionados "falam de sexualidade, identidade e afiliação de gênero", disse Senda Ben Jebara, membro do grupo de 2014, quando foi fundado. "Através deste festival, gostaríamos de dar um espaço para pessoas queer em geral, a fim de escapar um pouco da pressão social, e também para se identificar com algo, encontrar um meio para nos expressarmos. Somos diferentes, mas nós existimos e as diferenças são bem-vindas", disse.
Mourad, um jovem de 21 anos, disse que o evento "ajuda a fortalecer a comunidade LGBT e reúne pessoas que são consideradas diferentes". Ativistas dos direitos dos homossexuais emergiram das sombras da Tunísia desde a revolução em 2011, mas sua posição permanece precária na sociedade muçulmana conservadora do país do norte da África. O artigo 230 do Código Penal inclui uma punição de até três anos de prisão pela homossexualidade e os homens jovens são regularmente detidos e perseguidos.
Agora, um movimento de resistência ocorre por lá. A estação de rádio online Shams Rad, destinada à comunidade LGBT, considerada a primeira do gênero no mundo árabe, começou a funcionar Tunísia em 18 de dezembro. A estação, que promove a "dignidade e a igualdade", está agora enfrentando procedimentos legais destinados a tirá-la do ar.
Assista ao teaser de divulgação do "Mawjoudin Queer Film Festival":
AFP e Correio do Povo