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Especial

Desenhos de caderno perdido de Van Gogh não são do pintor, afirma museu

Especialistas levam em conta aspectos como tipo de tinta usada, o estilo dos desenhos e erros topográficos

O caderno será publicado na próxima quinta-feira em diversos países | Foto: Jacques Demarthon / AFP / CP
Os desenhos que aparecem em um caderno atribuído ao pintor holandês Vincent van Gogh, apresentado por sua editora em Paris, são reproduções, afirmou nesta terça o museu Van Gogh de Amsterdã. Especialistas da pinacoteca, tomando como base "anos de pesquisas sobre os desenhos de Van Gogh na coleção do museu e em outros locais, chegaram à conclusão de que estes desenhos são reproduções dos de Van Gogh", afirmou o museu que possui a maior coleção do célebre pintor holandês.

Esses especialistas "examinaram o estilo, a técnica e a iconografia", o que lhes permitiu constatar "distintos erros topográficos nas imagens e que seu autor se baseou em desenhos descoloridos de Van Gogh", informou o museu. O editor francês Le Seuil apresentou nesta terça-feira em Paris o caderno com 65 desenhos, que será publicado na quinta-feira na França, nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Alemanha, na Holanda e no Japão.

O caderno - de 288 páginas e intitulado "Vincent Van Gogh, le brouillard d'Arles, le carnet retrouvé" (Vincent Van Gogh, a névoa de Arles, o caderno recuperado) - é assinado por uma das melhores especialistas da obra do pintor holandês, a canadense Bogomila Welsh-Ovcharov. Segundo o editor, os desenhos foram feitos a tinta no livro de contabilidade de um hotel de Arles, no sudeste da França, onde o artista se hospedava.

Os desenhos, em sua maioria paisagens, cobrem o período em que Van Gogh viveu no sul da França, desde a sua chegada a Arles em fevereiro de 1888 até quando partiu para uma casa de saúde em Saint-Rémy-de-Provence, em maio de 1890. Van Gogh, morto em julho de 1890 aos 37 anos de idade, é considerado um dos artistas mais destacados de todos os tempos. Suas telas, expostas nos principais museus do mundo, estão entre os mais buscados pelos amantes da pintura.

AFP