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Verão

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Despedida: "Meu mundo não vai mais existir", diz irmã de Rita Lee

O velório da cantora começou nesta quarta-feira, 10, às 10h, no Parque do Ibirapuera

Pessoas prestam homenagem ao lado do caixão da cantora brasileira Rita Lee durante seu velório no Planetário Ibirapuera, em São Paulo | Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Virgínia se aproxima do repórter silenciosamente, atendendo a um chamado discreto à distância. Cabelos grisalhos e de olhos azuis espantosamente idênticos aos da cantora, ela fala baixinho, com uma doçura no tom de voz. "Solidão, é apenas o que eu consigo sentir." Mas não dizem que alguém como Rita estaria em paz, sobretudo depois de tanto sofrimento que a doença causou? "Eu sei, também penso assim. Mas não consigo sentir alívio ou outra coisas qualquer. A vida sem Rita não é mais a mesma, nunca mais será."

Virgínia diz tudo sem chorar. Ela foi a única que se levantou por entre amigos e familiares que estavam na área reservada a eles no velório de Rita Lee, passou pelos filhos da artista, Beto Lee e João Lee, pelo senador Eduardo Suplicy e pela guitarrista Lucinha Turnbull para falar o que conseguia naquele instante. "Alguém da família me perguntou como será o mundo sem Rita. Eu só posso dizer que o mundo não vai mais existir."

Velório

O velório de Rita Lee começou nesta quarta-feira, 10, às 10h, no Planetário, no Parque do Ibirapuera. O local foi escolhido pela própria cantora e compositora, que morreu na noite de segunda-feira, 8, em sua casa, em São Paulo, depois de uma batalha contra um câncer de pulmão descoberto em 2021.

Rita nasceu e viveu em São Paulo, quase sempre no bairro da Vila Mariana, e sempre frequentou o Parque do Ibirapuera - ainda com seus pais. Ela chamava o local de "floresta encantada".

O corpo da cantora chegou ao Planetário por volta das 5h desta quarta-feira chuvosa, e alguns fãs já esperavam na fila para se despedir de Rita Lee. Muitas coroas de flores também eram vistas desde o começo da manhã.

Entre os primeiros familiares que chegaram ao velório estavam Virginia, irmã de Rita, e João Lee, o filho do meio da cantora. Em entrevista aos jornalistas presentes, ele destacou a simplicidade de sua mãe, além da dignidade e a honestidade com que vivia o seu dia a dia. João falou ainda sobre a sensibilidade de sua mãe de entender as pessoas e se comunicar com o público.

O artista plástico Antonio Peticov, amigo da cantora, também já passou pelo local.

Como está funcionando o velório

O público entra pela porta principal do Planetário, passa pelo seu centro, onde está o corpo de Rita Lee, em caixão fechado, e sai pelos fundos. No teto, sobre o caixão, no final do velório, será projetado o céu do dia 31 de dezembro de 1947, data de seu nascimento.

O velório de Rita Lee inciou às 10h e seguindo até as 17h. Depois, o corpo segue para uma cerimônia de cremação restrita à família.

AE