Com uma certa dureza formal nos versos e linguagem próxima ao teatro, a obra é dividida em três partes: “A Arte do Medo”, “O Teatro da Cachorra” e “A Razão Cínica”. Escrevendo o livro há muito tempo, Dilan estava relutante em publicar por não querer reproduzir nem corroborar com a dita “cultura do medo”. As epígrafes são retiradas das obras de Nicanor Parra, Drummond, Armando Freitas Filho e Santo Agostinho.
“Numa realidade social marcada pela violência, cada indivíduo se transforma em uma vítima ou em um agressor, real ou potencial. Todos se tornam suspeitos. O que imobiliza as pessoas, a matéria diária da imprensa, é o medo. Cada um se torna um “artista do medo”, pervertendo a arte de sobreviver humanamente”, afirma o escritor, que publicou 34 títulos. Natural de Itaqui, Dilan foi patrono da Feita do Livro de Porto Alegre em 2015 e por 12 anos apresentou o programa “Autores e Livros” da TV Assembleia.
A Feira do Livro do Parlamento Gaúcho abre nesta quinta, às 13h30min, com comercialização de livros; segue às 18h com a mesa-redonda “O Poder Transformador da Leitura”, no Memorial do Legislativo, com Davi Lima de Oliveira, Gláucia de Souza, Sergius Gonzaga e Dilan Camargo. Às 19h tem apresentação do Grupo Teatral Sopapo Poético; às 19h30min, abertura oficial e 19h45min, inauguração da Geladeiroteca. A programação vai até o dia 10 de julho.
Correio do Povo