O cantor e compositor disse que está se preparando para uma fase difícil do crescimento de seu filho, agora com um ano e sete meses. "Na escola as outras crianças dirão: 'Você não tem uma mãe', projetou Elton John. "Percorremos um longo caminho, mas ainda existe homofobia e haverá até que a próxima geração de pais trabalhe isso com seus filhos", acrescentou.
Ele explicou que o menino lida com naturalidade a sua origem: "É natural para ele. Me chama e 'papai' e a David, 'paizinho'", contou Elton John. A fama, contudo, ele relatou que a criança ainda nao tem condições de entender. "Quando descobrir, ele vai olhar para mim como se eu fosse maluco", afirmou. "Ser filho de alguém famoso é como estar numa prisão. Será muito difícil", acrescentou.
Elton John explicou que agora tenta dar ao filho uma criação musical. "Quero que a música seja grande parte da vida dele. Eu o coloco no colo e ele não esmurra o piano", salientou. "Ele tenta me imitar, mas ainda não está totalmente formado para compreender o que eu faço, graças a Deus."
O músico disse ter apresentado a Zachary compositores clássicos como Chopin, Mozart e Beethoven desde muito cedo, mas afirmou que seu filho demonstrou mais interesse em futebol e culinária. "Eu não pressiono Zachary a fazer nada. Até agora, ele simplesmente adora chutar a bola e ver as pessoas cozinharem."
Na entrevista, John também elogiou Madonna, apesar de recentemente ter posto lenha na fogueira da eterna disputa com a cantora americana, durante entrevista à TV austaliana, na qual ele disse que ela parecia uma "stripper de feira" cuja carreira chegou ao fim. "Madonna pegou a indústria pelo pescoço, criou oportunidades para outras mulheres, como (Lady) Gaga e Katy Perry", disse.
Sobre sua própria carreira, afirmou: "Eu me aposentaria se sentisse que a voz foi embora, mas aos 65 está cada dia melhor e estou no ponto alto da minha vida". Elton John vendeu mais de 250 milhões de cópias em 40 anos de carreira e ingressou no Hall da Fama do Rock and Roll em 1994.
AFP