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Especial

Escritor afirma que Mulher-Maravilha também se relaciona com mulheres

Greg Rucka disse que o conceito de homossexualismo não existe na ilha de Themyscira

Roteirista escreveu histórias da heroína entre 2003 e 2006 | Foto: DC Comics / Reprodução / CP
O roteirista das histórias da Mulher-Maravilha nos quadrinhos da DC Comics entre 2003 e 2006, Greg Rucka, afirmou em entrevista nesta sexta-feira que a heroína é “queer”, ou seja, não segue qualquer padrão de heterossexualidade. O termo, usado para representar não apenas gays e bissexuais mas também pessoas transgênero ou transexuais, foi usado pelo escritor para discutir a sexualidade da personagem em entrevista ao site Comicosity. Ele declarou que a Amazona já teve relacionamento com outras mulheres e que isso “não poderia estar mais explícito”, tendo em vista que ela vem da utópica ilha Themyscira, onde só vivem pessoas do sexo feminino.

De acordo com Rucka, a sociedade em que ela vive é semelhante ao paraíso. “Lá, você deve ser capaz de viver feliz e parte do que um indivíduo precisa para ter a felicidade é ter um parceiro que dê um relacionamento satisfatório, romântico e sexual. E as únicas opções são mulheres”, explicou. E, justamente por ser uma representação do paraíso, argumentou, precisa ser uma sociedade inclusiva e tolerante.

Por isso, que “ser gay” não é um conceito claro na comunidade ficcional. “Uma Amazona não olha pra outra Amazona e diz “você é gay”. Elas não fazem isso. Agora, a pergunta é se Diana se apaixonou e teve relações com outras mulheres? A resposta obviamente é sim”, afirmou. Rucka, de 46 anos, explicou que é importante os leitores saberem que o primeiro relacionamento romântico de Diana não seja com Steve Trevor, caso contrário sua decisão de deixar Themiscyra seria motivada por amor, e não por sacrifício, algo que iria “retirar o seu heroísmo".

“Diana toma a decisão de deixar sua casa para sempre – o que ela acredita ser o certo – e se ela faz isso porque está apaixonada por um cara, acredito que isso diminui o seu heroísmo. Ela não vai embora por causa de Steve. Ela vai embora porque quer ver o mundo e alguém deve fazer isso. E ela resolveu que deve ser ela a fazer esse sacrifício”, esclareceu Rucka, que retornou à DC neste anos para uma série em homenagem aos 75 da criação da personagem.

Enquanto reconhece a demanda por representatividade nas páginas de HQs, ele foi crítico a escritores que tentam transformar um personagem em homossexual somente porque o público quer. “Ele tem que se levantar e dizer com todas as letras, e em negrito para ser evidente, que é gay. Isso para mim é uma escrita ruim. É um personagem dizendo algo que não está impactando a história”, explicou. Sobre pressões internas para criar uma personagem hétero, o escritor disse que ninguém jamais disse que Diana deveria se relacionar com homens. “Eles nunca piscaram um olho para isso”, completou.

“Mulher-Maravilha" é uma das histórias mais populares da empresa e chegará aos cinemas interpretada pela atriz israelense Gal Gadot, com data de estreia para 1º de junho de 2017 no Brasil. Na telona, ela apreceu em em um papel secundário no filme "Batman vs Superman: A Origem da Justiça" e também aparecerá em "Liga da Justiça", que chegará aos cinemas em 16 de novembro do próximo ano.

Correio do Povo