Em janeiro deste ano, Catherine foi uma das cinco mulheres coautoras do manifesto publicado no jornal Le Monde contra a campanha #MeToo, a respeito da violência sexual exercida contra mulheres. Assinado por cem personalidades da cultura francesa e liderado por Catherine Deneuve, o ato defende “a liberdade de importunar”, que seria, segundo elas, indispensável para assegurar a herança da revolução sexual.
A publicação foi apresentada após a cerimônia do Globo de Ouro, em Los Angeles, em que diversas atrizes usaram vestidos pretos em protesto aos casos de assédio sexual. Entre as frases escritas por Catherine e outras escritoras estão: "Os homens têm sido punidos sumariamente, forçados a sair de seus empregos, quando tudo o que eles fizeram foi tocar o joelho de alguém ou tentar roubar um beijo” e “Como mulheres, não nos reconhecemos neste feminismo que, além de denunciar o abuso de poder, incentiva um ódio aos homens e à sexualidade.”
Catherine Millet foi curadora da Documenta, em Kassel na Alemanha, uma das principais mostras de arte do mundo, e recebeu, em 2016, o Prêmio François Morellet. Ela acredita que todas as pessoas são repletas de contradições e que isso evita que nos tornemos personagens monolíticos ou estereotipados. O Fronteiras trará a Porto Alegre ainda este ano nomes como José Eduardo Agualusa (6 de agosto) e Ai Weiwei (8 de outubro).
Correio do Povo