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Verão

Especial

Espaço Cultural Correios abre “Entre Utopias e Distopias”

Coletiva apresenta obras de Andréa Brächer, Denise Giacomoni, Denise Wichmann, Laércio de Menezes, Marina Menezes e Sandra Gonçalves

Andrea Bracher é autora da serie "Des (encantada)", cianotipia tonalizada e ampliada sobre papel celulose | Foto: Andrea Bracher / Divulgação / CP

Com curadoria de Niura Legramante Ribeiro, “Entre Utopias e Distopias” abre neste sábado, 17 de setembro, a partir das 10h, no Espaço Cultural Correios (Sete de Setembro, 1020), lançando um novo olhar para as artes visuais, nas produções de Andréa Brächer, Denise Giacomoni, Denise Wichmann, Laércio de Menezes, Marina Menezes e Sandra Gonçalves. A visitação ocorre de terças a sábados, das 10h às 17h, até o dia 22 de outubro, com entrada franca.

Com a série “(Des)Encantada” (2022), Andréa Brächer, por meio de fotos em preto e branco e coloridas, dá continuidade a temas que podem ser do domínio da imaginação onírica ou da realidade, como florestas e animais. As colagens de Denise Giacomoni da série Remake (2022), lançam um olhar sobre os padrões hegemônicos do universo midiático contemporâneo, na cobrança por corpos perfeitos com a utopia de beleza da eterna juventude, especialmente para as mulheres. “Recicla-te” (2022) é a série de Denise Wichmann, composta por imagens que servem não somente como um grito de alerta sobre a quantidade imensa de descartáveis que se acumulam na natureza, mas também representam uma convocatória à reciclagem dos resíduos.

“Deus da humanidade” (1997-2022) é a série pictórica de Laércio de Menezes, com obras que lembram cartografias geográficas quase abstratas, em uma provocação para conscientizar que o futuro do planeta depende das formas como se gerencia esse espaço. As visões utópicas sobre as relações de afetos são apresentadas na instalação “Itapuã” (2022), de Marina Menezes, que faz pensar sobre a norma e a transgressão dos comportamentos humanos. Por fim, a “Desassossego”, de Sandra Gonçalves, traz inquietações da artista sobre distopias, algumas destas afloradas de modo exacerbado no mundo pós-pandêmico. Em suas obras, ela revela e denuncia as mais diversas violências praticadas na sociedade.

“Interpelar as formas do viver na contemporaneidade é o propósito das obras dessa exposição. Controlar o fluxo do tempo é uma utopia, mas entregar-se às distopias é desacreditar na força da imaginação que tem o poder de sonhar com outras possibilidades de ser no mundo”, conclui a curadora. Doutora em História, Teoria e Crítica da Arte, pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Ufrgs, Niura Legramante Ribeiro apresenta a mostra: “’Entre Utopias e Distopias’ contempla diferentes linguagens artísticas por meio de obras fotográficas, pictóricas, instalação e colagem. São utopias e distopias que se juntam nos pensamentos poéticos de artistas para discutir sobre a passagem do tempo, a busca pela juventude, a consciência da finitude da vida, as armadilhas dos afetos, as negações das diferenças, a conscientização social sobre a reciclagem do lixo, os sistemas tirânicos de dominação, como os feminicídios, as ambições do capital e sua consequente agressão aos recursos naturais”.

Correio do Povo