Por ocasião dos 75 anos de libertação de Auschwitz, cuja data é celebrada em 27 de janeiro, o espetáculo “Os Homens do Triângulo Rosa”, da Cia. Teatro ao Quadrado, fala de um dos aspectos dos piores episódios que a humanidade já viveu: o Holocausto. Em cartaz no Teatro Renascença (Erico Verissimo, 307), neste final de semana, às 21h, o trabalho dirigido por Margarida Peixoto ganhou o Prêmio Braskem em Cena de Melhor Ator (Marcelo Ádams) e o Prêmio Açorianos de Melhor Ator Coadjuvante (Frederico Vasques).
Sucesso de público e crítica, aborda os triângulos rosa: prisioneiros homossexuais dos campos de concentração. Perseguidos pelo regime nazista, na Alemanha entre as décadas de 1930 e 1940, eles eram privados de suas liberdades e trancafiados em campos de extermínio. Lá eles levavam em seus uniformes a insígnia que os discriminavam como inferiores a todos os outros prisioneiros, como judeus, ciganos e criminosos comuns.
Com a violência e a morte rondando a todo instante, o amor também podia surgir como uma esperança de sobrevivência. A história emociona por tratar, com muita sensibilidade, esta triste página da história ocidental.
O texto partiu da peça “Bent”, do norte-americano Martin Sherman, que estreou em 1979 e ganhou versão cinematográfica, com Clive Owen, em 1997. Maxé é enviado a um campo de concentração, onde suborna guardas e troca o triângulo rosa pela estrela amarela dos judeus.
Na prisão, ele conhece Horst, um homossexual assumido. Os dois são obrigados a carregarem pedras, dentro das estratégias de desmoralização dos prisioneiros, ao longo de 12 horas, sem qualquer objetivo. Aos poucos, o relacionamento entre os dois personagens vai se aprofundando, embora sejam constantemente vigiados pelos guardas. Também integram o elenco Gustavo Susin, Gisela Habeyche, Pedro Delgado, Alex Limberger, Edgar Rosa e Elda Pires.
Correio do Povo