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Espetáculo "Iago" apresenta tragédia shakespeareana em duas sessões no Teatro Bruno Kiefer

Integrando a programação do Palco Giratório do SESC, peça estará em cartaz em 18 e 19 de maio, às 20h

Integrando a programação do Palco Giratório do SESC, peça estará em cartaz em 18 e 19 de maio, às 20h | Foto: Daniel Barboza / Divulgação / CP

Um dos principais clássicos da dramaturgia, agora proposto com uma costura entre a narrativa densa da tragédia de Shakespeare e as múltiplas possibilidades do teatro de animação. Toda essa produção tendo como cereja do bolo uma trilha sonora original em cena, no violoncelo. Essa é a proposta do espetáculo "Iago", com direção de Márcio Nascimento e Miwa Yanagizawa, que estará em cena nos dias 18 e 19 de maio, sempre às 20h, no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mário Quintana (rua dos Andradas, 736), em Porto Alegre. As sessões integram a programação do Palco Giratório do Sesc, que acontece até 29 de maio.

O espetáculo monólogo leva o nome de “Iago”, um dos personagens da peça Otelo, de Shakespeare, escrita em meados de 1602. No texto original, Iago – que é um mouro em Veneza – é o principal antagonista da trama. A descoberta de que havia muito o que explorar acerca do personagem para abordar temas como confiança, manipulação, violência e até racismo surgiu do diretor Márcio Nascimento.

Ao Correio do Povo, ele contou que o primeiro contato com este texto shakespereano aconteceu há duas décadas, quando ainda estava na universidade, no final dos anos 90. De lá pra cá, a ideia de como seria essa adaptação e dos elementos que usaria para contar a história, foi amadurecendo. “Eu coloquei sem querer numa estufa”, brinca Nascimento, que também é o ator solo que interpreta quatro diferentes personagens, além das formas animadas.

A ideia de levar os bonecos para a cena nasce de um conceito bem estruturado. Segundo o artista, o uso deles supriu uma “necessidade real da trama”. “Por mais que seja óbvio o ator manipular o boneco, eu fiquei pensando que isso poderia ser muito potente”, observa o diretor ao destacar o sentido suplementar da “manipulação” em cena.

O espetáculo, tal como o de Shakespeare, começa com a explosão do ódio de Iago por seu comandante, Otelo, que não o promove à tenente. Não bastasse, Otelo promove Cássio, fazendo com que o ódio de nosso protagonista e sua manipulação dos demais personagens determine a ação futura do espetáculo. 

O violoncelo acompanhando musicalmente o espetáculo em palco promete deixar a trama de Iago ainda mais intensa. O músico Marcio Malard – que já trabalhou com artistas renomados como Bethânia e Bituca – também leva toda sua experiência para a cena. 

Foto: Daniel Barboza / Divulgação / CP

Brenda Fernández