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"Eu deveria ser o garoto propaganda do #MeToo", afirma Woody Allen

Acusado de abuso pela filha, cineasta mostrou apoio ao movimento em entrevista recente

"Eu deveria ser o garoto propaganda do #MeToo", afirma Woody Allen | Foto: Jason Merritt / Getty Images North America / AFP / CP
Acusado de abuso pela filha, o cineasta americano Woody Allen mostrou seu apoio ao movimento #MeToo contra o assédio sexual durante uma entrevista à rede de televisão Canal 13, da Argentina. "É uma coisa boa que eles estejam expondo", disse, considerando ainda que seria um rosto para a causa se não tivesse sido injustamente criticado. "Eu deveria ser o garoto propaganda do movimento #MeToo. Trabalhei em cinema por 50 anos, trabalhei com centenas de atrizes, e nenhuma delas jamais sugeriu qualquer tipo de impropriedade", continuou ele, acrescentando que as mulheres que trabalhavam na produção de seus filmes foram todas pagas da mesma forma que os homens.

O ator e diretor de 82 anos disse que estava frustrado por estar sendo colocado no grupo de abusadores expostos pelo movimento por alegações de que ele molestou sua filha adotiva, Dylan Farrow, em 1992, quando ela tinha sete anos de idade. Ele foi inocentado das acusações depois de duas investigações de meses separados.

"Pessoas que foram acusadas por 20 mulheres, 50 mulheres, 100 mulheres de abuso, abuso e abuso, e eu - que foi acusado apenas por uma mulher em um caso de custódia de crianças, que foi considerado e provado ser falso - acabei envolvido com essas pessoas", analisou Allen. "Isso é tão louco. Isso é algo que foi analisado 25 anos atrás por todas as autoridades, e todos chegaram à conclusão de que não era verdade. E esse foi o fim, e eu continuei com a minha vida", comentou, definindo a situação da nova acusação como perturbadora.

As alegações ressurgiram após o movimento #MeToo, levando uma série de artistas com quem o cineasta trabalhou a se distanciarem dele. Moses Farrow, filho adotivo de Mia Farrow e Woody Allen, divulgou um longo artigo pessoal no mês passado, contestando a história e acusando a mãe de abuso.

AFP e Correio do Povo