As integrantes da banda pretendiam entrar no país por meio de um programa que permite aos sul-coreanos visitar os Estados Unidos sem visto por até 90 dias, explicou. Mas quando as autoridades revistaram a bagagem das meninas encontraram roupas e instrumentos musicais que deixaram claro que elas tinham ido para se apresentar em shows, de acordo com a versão do governo.
Então, os funcionários da imigração impediram a entrada do grupo em razão da ausência de visto de trabalho. "Fizemos o que fazemos todos os dias", declarou um integrante do serviço de imigração. Confrontando a versão, o agente do grupo, que é formado por garotas entre 16 e 21 anos, afirma que elas foram deportadas por outro motivo. "Como jovens mulheres, elas foram confundidas com trabalhadoras do sexo, o que recentemente se tornou um assunto grande nos Estados Unidos", disse.
Jovens sul-coreanas estão enfrentando escrutínio do controle de fronteiras norte-americano, porque há uma suspeita de que cada vez mais garotas do país asiático estão entrando na cidade para trabalhar em casas noturnas e de prostitução no bairro "Koreatown", as chamadas "meninas Doumi"- mulheres pagas por empresas para incentivar homens a beber e fazer sexo - são ilegais e têm sido particularmente reprimidas, de acordo com um artigo do Los Angeles Times.
A banda Oh My Girl foi formada em março e lançou o primeiro single em abril. Os grupos sul-coreanos de pop, muito populares na Ásia, são formados por homens e mulheres muito jovens, em alguns casos com apenas 13 ou 14 anos.
Em 2012 as autoridades sul-coreanas adotaram medidas para evitar o teor sexual do gênero musical, ameaçando com um aumento da censura de alguns videoclipes, filmes e programas de TV considerados muito explícitos.
AFP