A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) traz duas programações culturais para a semana. Nesta terça-feira, será aberta “Vão-se os dedos, são os anéis que ficam”, exposição do artista visual carioca Nathan Braga inspirada no livro “Velório sem Defunto”, de Mario Quintana, na Fotogaleria Virgílio Calegari, no sétimo andar da centro cultural (Rua dos Andradas, 736).
Segundo Aldones Nino, historiador da Arte, cada obra de Nathan Braga a seu modo, configura uma fuga do tempo a partir de estratégias alquímicas que não se conformam com o fato da morte como desaparecimento. “Matérias, formas e signos encenam o desejo de permanência daquela memória que se esvai. Essa investigação plástico-material faz parte da pesquisa que o artista vem desenvolvendo ao longo dos últimos anos, que se desdobra em diversas plataformas artísticas”, prossegue Aldones.
O diretor da CCMQ, Diego Groisman, relata que a exposição é resultado de um convite especial da instituição. “Nathan mandou uma proposta para o Projeto Vitrine CCMQ, mas entendemos que seria mais adequado receber a exposição, que reúne fotografia e instalações, utilizando diversos suportes artísticos e o aspecto sensorial da percepção olfativa. As joias produzidas com naftalina irão se descompondo ao longo da mostra, ressaltando o conceito de impermanência”, acrescenta. Visitação até o dia 15 de setembro, de segundas a sábados, das 10h às 18h.
MÚSICA - Na sexta-feira, Moreno Veloso apresenta o Casa Virtual Especial do Mês dos Pais, com live ao vivo, às 20h, pelo Instagram @ccmarioquintana. Filho de Caetano Veloso, Moreno canta a relação pai e filho em algumas de suas canções.
Quem recebe Moreno e conduz o bate-papo sobre música, memórias, afetos e histórias de pais e filhos é o psicólogo e curador artístico Guilherme Thiesen. “O Casa Virtual Especial do Mês dos Pais convida Moreno a adentrar o universo afetivo com canções que Caetano fez para ele, que ele fez para os filhos; músicas que escutou com o pai e tocou para os filhos, que orbitam o universo da paternidade, o espaço das memórias familiares”, adianta Thiesen.