A exposição reúne desenhos das crianças e uma réplica de seu alojamento no gueto de Theresiendstadt, antiga fortaleza a 60 km de Praga, que serviu de prisão para artistas, cientistas, músicos, intelectuais e outros judeus. O grupo de meninas enfocado pelo projeto viveu nesse local da Tchecoslováquia, no alojamento L410, quarto 28.
Os artistas que ficaram no lugar utilizaram seus conhecimentos para proporcionar a essas jovens uma série de atividades como pintura, desenho e música, além de aulas de matemática, história e geografia. Assim, trouxeram às crianças prisioneiras, momentos de esperança e alívio, tentando evitar que suas vidas fossem devastadas pela guerra.
As produções servem como registro dessa história e dos primórdios da arteterapia, e, reunidas pela jornalista e escritora Hannelore Brenner, deram origem ao livro e à exposição itinerante “As Meninas do Quarto 28”. Dodi Chansky, Karen Zolko e Roberta Sundfeld formam o comitê curatorial da mostra, chancelada pela ONU e escolhida pela União Europeia para homenagem no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Correio do Povo