O clube social negro Sociedade Floresta Aurora, considerado um dos mais antigos do Brasil, fundado em 1972, 15 anos antes da própria Abolição da Escravatura (1888), tem a sua história contada em publicação da Editora Libretos.
A obra, com edição de Emílio Chagas, coordenação e design gráfico de Clô Barcellos e fotos de Marco Nedeff, reúne documentos, imagens, depoimentos dentro da mais pura tradição de história oral, artigos e estudos acadêmicos de estudiosos e remanescentes da sua trajetória. Assinam a organização Jaime Benedito Alves Núncia, Nereidy Rosa Alves e Giane da Silva Vargas.
No livro Floresta Aurora – 150 anos fazendo história estão contidas memórias, lembranças, vivências e evocações da comunidade florestina com os seus bailes, festas de aniversários, comemorações, carnavais, homenagens, encontros e atividades culturais, esportivas e atividades sociais e benemerentes. Além disso, estudos mais aprofundados sobre a função dos clubes sociais negros sob uma perspectiva de resistência e organização da comunidade negra como uma forma de enfrentar a exclusão e discriminação racial.
Regado com muitos documentos e fotografias, de época e atuais, o livro faz um registro da história do clube, resgatando seus principais agentes e protagonistas; presidentes, visitantes ilustres, conquistas, troféus, as muitas mudanças de sedes, desfiles, concursos, congressos, trazendo os seus momentos mais marcantes nestes 150 anos.
Seu lançamento oficial ocorre nesta quarta-feira, às 16h, na 68ª Feira do Livro de Porto Alegre, com uma programação incluindo o Sarau poético - Musical Floresta Aurora, 150 anos fazendo história, com o músico Carlinhos Santos, o poeta Antonio Carlos Cortês e o coral Bambas da Orgia. E também uma homenagem à Jaime Benedito Alves Núncia, Nereidy Rosa Alves e Giane da Silva Vargas, os organizadores do livro, com a presença do atual presidente da SFA Gilmar Afrauzino e os professores José Rivair Macedo e Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva.
Correio do Povo