O 11º Festival Internacional de Cinema da Fronteira será realizado de terça até sábado, em Bagé, Santana do Livramento e Rivera (Uruguai). Nos dois primeiros dias da programação, as atividades serão na Fronteira da Paz e, de quinta até o encerramento, em Bagé. Com o recorte temático “O Renascer do Patrimônio”, a seleção reúne seis longas em competição e seis fora de competição, além das mostras competitivas de curtas internacionais e regionais. A atriz gaúcha Araci Esteves é a homenageada. Confira os longas da mostra competitiva:
"Caminhos Magnétykos"
País: Brasil/Portugal
Direção: Edgar Pêra
Sinopse: Raymond Vachs (Dominique Pinon), 60 e poucos anos, parisiense, foi a Portugal com o 25 Abril (data em que se celebra a revolução dos Cravos), apaixonou-se e ficou por Lisboa, onde reside há 40 anos. A trama se desenrolano dia do casamento da sua filha de 21 anos, Catarina, com Damião, um homem rico da sua idade. O protagonista martiriza-se por se ter calado e consentido o casamento, achando que era preferível a segurança financeira à incerteza no mundo conturbado de hoje. Em Lisboa vive-se uma guerra civil e foi instaurado um regime autoritário militarizado, “democraticamente eleito”. Durante uma noite de humilhações, Raymond vive uma revolta interior e uma viagem caleidoscópica, numa cidade em vias de desmoronar. É também o desmoronar das suas convicções. Porque, como lhe lembra o seu amigo, o místico revolucionário André Leviatã (Ney Matogrosso), “o dinheiro não é tudo”.
"Domingo"
País: Brasil
Direção: Clara Linhart e Fellipe Barbosa
Sinopse: Aplaudido no Festival de Cinema de Veneza de 2018, o longa traz uma temática política. No longa, múltiplos pontos de vista de uma família burguesa do interior gaúcho no dia 1º de janeiro de 2003, quando o Brasil vivia a posse do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Em uma casa de campo, o clã se reúne para um churrasco, e a matriarca (Ítala Nandi, esplêndida) tem medo do destino que esse governo pode reservar a sua classe social. Durante essa "festa" extravagante, muitas verdades estão prestes a vir à tona e o mal estar entre os convidados fica evidente.
"Las Rutas en Febrero"
País: Canadá/ Uruguai
Direção: Katherine Jerkovic
Sinopse: Vencedor do Prêmio de Best Canadian First Feature Award no Festival de Cinema de Toronto, o longa conta a história de Sarah, que, impulsionada pelas lembranças da infância e pela esperança de um reencontro, visita sua avó paterna em sua aldeia no Uruguai. Ela demorou para entender o mal-estar prevalecente... Mas logo se depara com a lacuna entre sua fantasia em relação ao local de origem e aquela aldeia de gente velha esquecida pela Modernidade, onde o calor é irresistível e os dias parecem durar para sempre. Choque cultural, humor, ternura e tristeza dão forma a este filme agridoce.
"Morto Não Fala"
País: Brasil
Direção: Dennison Ramalho
Sinopse: Exibido em diversos festivais de cinema fantástico ao redor do mundo, como o Fantasia International Film Festival 2018 e o Austin Fantastic Fest, este horror nacional lida com a questão das consequências que vão além do plano em que vivemos. Stênio é plantonista noturno no necrotério de uma grande e violenta cidade. Em suas madrugadas de trabalho, ele nunca está só, pois possui um dom paranormal de comunicação com os mortos. Quando as confidências que ouve do além, contudo, revelam segredos de sua própria vida, Stênio desencadeia uma maldição que traz perigo e morte para perto de si e de sua família.
"Ocho de Cada Diez"
País: México
Direção: Sergio Umansky Brener,
Sinopse: Neste drama, o tema é a por justiça. O filho de Aurelio (Noé Hernández) é assassinado em plena luz do dia, enquanto Citlali (Daniela Schmidt) abandona sua filha com seu pai abusivo. Aurélio quer que a polícia faça seu trabalho e capture os assassinos de seu filho. Citlali precisa de um documento legal para lutar pela custódia da filha. A busca por justiça deles logo se transforma em uma necessidade de vingança. Vencedor do prêmio de Melhor Ator e Melhor Atriz, bem como do Prêmio de Imprensa de Melhor Filme no Festival de Cinema de Guadalajara do ano passado, Umansky apresenta um retrato dantesco de um país mantido refém pela violência e corrupção.
"Our Madness"
País: Moçambique/Portugal
Direção: João Viana
Sinopse: Com poucos diálogos, os quais são falados em suaíli, língua do norte de Moçambique, esta obra tem o poder da música deste país africano como pano de fundo. Na história, Lucy está internada num hospício e sonha com o seu filho Zacaria e o marido Pak, soldado numa zona de guerra. Ela toca um instrumento musical curioso: a própria cama. Aquela virtuosidade musical atrai a atenção das enfermeiras. Um dia, a música passa num programa da Rádio Moçambique e Rosa Mário, pastora evangélica, vai ao hospital para conhecer a intérprete da canção. Mas Lucy interpreta a visita da pastora como uma bela oportunidade para dar de frosques, com a cama e tudo.
Correio do Povo