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Verão

Especial

Festividades de São Patrício voltam à Irlanda após dois anos de pandemia

O aeroporto de Dublin espera cerca de 800.000 pessoas durante as festividades de 12 dias, este ano de 12 a 24 de março

Vestidos com as cores da Irlanda, mas também da Ucrânia em razão da guerra, milhares de pessoas participaram do tradicional desfile de São Patrício nesta quinta-feira (17) | Foto: Damien EAGERS / AFP

Vestidos com as cores da Irlanda, mas também da Ucrânia em razão da guerra, milhares de pessoas participaram do tradicional desfile de São Patrício nesta quinta-feira (17), após duas edições canceladas devido à pandemia, simbolizando o renascimento do país.

O ator americano John C. Reilly, de ascendência irlandesa, inaugurou o desfile, acompanhado por Kellie Harrington, irlandesa medalhista de ouro olímpica de boxe.

As celebrações em homenagem ao santo padroeiro deste país de forte tradição católica haviam sido canceladas em março de 2020, quando o mundo começou a aplicar medidas para conter a propagação do coronavírus. 

A Irlanda foi um dos países europeus que impuseram confinamentos e restrições por mais tempo.

"Alguns países reabriram restaurantes, ou pubs, mas nós não fizemos isso depois do confinamento. Então, estou muito animada por ter tudo de volta", disse à AFP Nsiidwa Nunu Kambauwa, de 29 anos, acompanhada da irmã e do sobrinho de cinco anos, com as cores laranja, branco e verde da bandeira irlandesa pintadas nas bochechas. 

Dois anos depois e com o recente levantamento das últimas medidas sanitárias, milhares de visitantes internacionais chegaram à Irlanda para participar das festividades.

Donna Smith, natural do Tennessee, no sul dos Estados Unidos, contou que esperou a vida inteira por esse momento.

"Todo mundo quer vir a Dublin para o dia de São Patrício. É como uma meca", disse esta mulher de 60 anos que, vestida com um boá de penas verde, laranja e branco e um chapéu-coco verde brilhante, comparou o desfile à "loucura e diversão" dos carnavais de Nova Orleans.

Os organizadores prometeram que o desfile deste ano seria o melhor de todos os tempos. As comemorações marcarão "o momento de reabertura da Irlanda", afirmou a diretora interina do festival, Anna McGowan.

Homenagem à Ucrânia 
Até o último momento, a sombra de novas restrições pairava sobre as comemorações, cuja preparação costuma demorar um ano e meio. 

Embora alguns preparativos tenham sido feitos com antecedência, até janeiro, o governo ainda não tinha confirmado se o desfile poderia acontecer. 

"De repente, foi como se alguém acendesse uma fogueira sob os nossos pés", disse McGowan. "Foi um dos períodos de organização mais intensos que este festival já viu".

Até 400.000 pessoas eram esperadas em Dublin para um desfile com 3.000 participantes.

Em geral, a rota é coberta de verde, a cor do Dia de São Patrício. Este ano, porém, a prefeitura pendurou faixas amarelas e azuis, em homenagem à Ucrânia.

Também nas pontes da capital irlandesa, bandeiras ucranianas substituíram as irlandesas em alguns lugares, e os participantes foram convidados a levar objetos de solidariedade ao país invadido pela Rússia.

Por toda cidade, os comerciantes se preparavam para "o maior Dia de São Patrício em muito tempo". 

"Assim que as portas se abrem, uma enxurrada de festivaleiros entra, e há um ótimo clima", afirmou Andrew Roche, que trabalha em um pub em Dublin.

No seu estabelecimento, tudo foi preparado para que o bar funcione "da forma mais eficiente possível". "Não há um momento em que não haja cinco torneiras de cerveja funcionando", garantiu.

O aeroporto de Dublin espera cerca de 800.000 pessoas durante as festividades de 12 dias, este ano de 12 a 24 de março. 

AFP