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Filme colombiano "La jauría" conquista Grande Prêmio da Semana da Crítica em Cannes

Premiação foi divulgada nesta quarta-feira

O colombiano Andrès Ramirez Pulido recebeu o Grande Prêmio da Semana da Crítica com a sua obra "La jauría" | Foto: YouTube / Reprodução / CP

O Grande Prêmio da Semana da Crítica, dedicado aos jovens talentos, foi atribuído nesta quarta-feira, dia 25, em Cannes ao colombiano Andrès Ramirez Pulido por "La jauría", sobre o círculo vicioso da violência no país sul-americano.

"La jauría" retrata o cotidiano de jovens delinquentes e criminosos a quem um educador, Álvaro, tenta dar uma segunda chance por meio de terapia de grupo em uma casa abandonada no coração da floresta tropical. Na atmosfera úmida e asfixiante da floresta colombiana, a "reeducação" dos jovens é mais uma prisão do que uma saída para o futuro.

Esse foi o primeiro longa do cineasta, depois de dois curtas, "El Edén" e "Damiana", selecionados e premiados em vários festivais internacionais. "Quis contar muito com a imagem, na linguagem cinematográfica, para retratar a violência", explicou à AFP durante entrevista em Cannes.

Em todos os seus filmes, o diretor questiona a figura do pai: sua ausência ou sua presença nociva, da qual os personagens sofrem permanentemente. "Os pais marcam a vida dos filhos, seja no abandono, seja na violência, ou seja no amor e na proteção", disse Pulido.

Ramírez Pulido mora em Ibagué, uma pequena cidade colombiana, onde a violência é um problema crônico. Os dois jovens protagonistas de "La jauría", Eliú e "El Mono", destacam-se pela força de sua interpretação. Eles saíram das ruas e Ramírez Pulido só lhes pediu que atuassem como eram. Mas o filme também exigiu semanas de ensaios, como tantos novos projetos que se destacam nas competições paralelas de Cannes.

A Semana da Crítica também deu um prêmio especial Revelação à atriz francesa Zelda Samson, que interpreta uma menina de 11 anos vítima de incesto no filme "Dalva".

"Dalva" é também o primeiro filme da diretora francesa Emmanuelle Nicot, que precisou de quatro anos e meio para desenvolver essa complexa história, na qual a violência sexual não aparece em nenhum momento, mas sim, um doloroso processo de reconstrução emocional para Dalva (Zelda Samson).

 

AFP