Com um DVD ao vivo lançado recentemente, Lucas também coloca nas livrarias "Eu Não Sei Lidar", uma coleção de relatos sobre suas composições na banda. Em entrevista, o líder e vocalista do Fresno falou sobre a cena independente, para a qual voltaram em 2011, a fama e os planos como escritor.
Qual foi a importância daquele DVD 5 Bandas de Rock, de 2007?
Foi um divisor de águas para a gente. Foi o momento que deixou de ser aquela coisa de molecada. Era um projeto sólido. Foi avassalador.
Havia uma cena forte, não?
Sim, era realmente uma cena. E ela estava se fortalecendo. Um grupo de bandas que se identificava com o mesmo som.
São 15 anos com a Fresno e aquela indústria musical já não existe. Como sobreviver hoje?
Por muito tempo, as bandas entendiam que o sucesso é tocar na rádio. Aquilo era medida de sucesso. Buscar a fórmula para tocar na rádio é suicídio. Tem bandas seguindo essas rádios e as rádios não dão a menor bola para elas.
Aquela ideia de single para a rádio, com menos guitarra, já não funciona?
Agora é mais livre, o público percebe. Tanto que, no nosso DVD de 15 anos, alguns singles ficaram fora. Não eram as músicas preferidas dos discos. E isso não é "síndrome de Anna Júlia", não. São músicas que não marcaram tanto.
Seu livro parece ter sido escrito quase de forma descarregada. Como foi a experiência?
Escrevi sobre duas ou três músicas e meu editor gostou. Seria melhor do que a história da banda. Seria a história emotiva. Ficaria aterrorizado com uma autobiografia. Agora, quero fazer uma ficção.
AE