O vencedor "não será limitado por idade, raça, sexo, religião, cor da pele, local de origem ou campo de estudo", disse Martin, e demonstrará "necessidade financeira e um talento para a construção mundial e a criação de universos secundários". A bolsa cobrirá mensalidades, taxas e hospedagem, e o primeiro selecionado participará da edição de verão (inverno no hemisfério sul) deste ano.
Martin, cujos livros fizeram sucesso tanto em papel quanto na telvisão, pela adaptação da HBO, considerou J.R.R. Tolkien como "construtor de mundos sem igual". "A melhor fantasia nos leva para longe dos campos que conhecemos, para mundos além da colina, mundos que uma vez visitados, vivem em nossa imaginação para o resto de nossas vidas. Eles assumem sua própria realidade", escreveu o autor em seu site. "Milhões de pessoas nunca visitaram Roma ou Paris, mas conhecem o Coliseu e a Torre Eiffel de vista. Rivendell, Shire e Mines of Moria são reconhecíveis instantaneamente da mesma forma para inúmeros leitores em todo o mundo", completou.
Mencionando o programa, o inglês disse que Clarion West é "uma das oficinas mais duradouras e bem-sucedidas do mundo", e que, embora ofereça uma série de outras bolsas de estudo e ajuda financeira, "você nunca pode ter muitos". "Eu lembro muito bem como era ser um escritor começando, lutando por vendas e contando cada dez centavos. Espero que a bolsa de estudos Worldbuilder ajude o próximo grande fantasista na longa jornada à frente. Como o próprio Tolkien escreveu, cada viagem começa com um único passo", comentou.
Correio do Povo