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Investigação revela uma 'moça com brinco de pérola' mais 'humana'

A famosa pintura de Johannes Vermeer, "Moça com brinco de pérola", está exposta no museu holandês Mauritshuis

A análise revelou novos detalhes sobre o uso de pigmentos e sobre a elaboração do trabalho do pintor holandês Johannes Vermeer | Foto: Divulgação Museu Mauritshuis / CP

Uma pesquisa científica revelou uma faceta mais "humana" da famosa pintura de Johannes Vermeer "Moça com brinco de pérola", do século XVII, embora ainda não tenha sido possível revelar sua identidade - anunciou nesta terça-feira (28) o museu holandês Mauritshuis, onde o quadro está exposto.

O exame, o primeiro realizado desde 1994, revelou a presença de pequenos cílios ao redor dos olhos da jovem, imperceptíveis a olho nu, relatou o museu, que fica em Haia.

As investigações também estabeleceram a existência de uma cortina verde no fundo aparentemente vazio da pintura, que data de 1665, uma espécie de "tecido dobrado" que finalmente desapareceu ao longo dos séculos.

Esses resultados apresentam "uma pintura muito mais humana do que se pensava", diz a instituição, em um comunicado, sobre o trabalho que fascinou os pesquisadores com o olhar enigmático da jovem de turbante e brinco de pérola.

Feita por uma equipe global de cientistas desde fevereiro de 2018, a análise revelou novos detalhes sobre o uso de pigmentos e sobre como o pintor holandês Johannes Vermeer elaborou seu trabalho, usando diferentes camadas.

O artista modificou a composição da pintura, deslocando a posição da orelha, a parte superior do turbante e a nuca, e usou matérias-primas de todo mundo.

A pérola pendurada em sua orelha é, por sua vez, uma "ilusão", composta de "pinceladas translúcidas e opacas de tinta branca", explica o museu Mauritshuis, que lamenta que a investigação não possa confirmar a identidade da jovem, e se ela existia.

"Infelizmente, a jovem ainda não revelou o segredo de sua identidade, mas aprendemos a conhecê-la um pouco melhor", disse a diretora do museu, Martine Gosselink, para quem isso não representa "o ponto final" de sua pesquisa.

AFP