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Irmão de Pablo Escobar trava batalha pela marca "Narcos" e ameaça Netflix

Roberto Escobar Gaviria diz que empresa violou propriedade intelectual com nome do programa

Wagner Moura viveu o narcotraficante no popular seriado da Netflix | Foto: Juan Pablo Gutierrez / Netflix / CP
Roberto De Jesus Escobar Gaviria, irmão do traficante Pablo Escobar, retratado nas duas primeiras temporadas de "Narcos", ameaçou "acabar com a 'sériezinha'" caso a Netflix se recuse a pagar um bilhão de dólares para sua empresa, Escobar Inc., por violação de propriedade intelectual. Ele afirma que o serviço de streaming faz uso indevido dos nomes "Narcos" e "Cartel Wars", um jogo desenvolvido a partir da história do colombiano, alegando que as marcas já eram utilizadas por ele desde 1986.

Em entrevista ao site Hollywood Reporter, ele usou um tom incisivo e afirmou: "não quero a Netflix ou qualquer empresa gravando qualquer coisa em Medellín ou na Colômbia que se relaciona comigo ou meu irmão Pablo sem autorização da Escobar Inc". "É muito perigoso. Especialmente sem a nossa benção. É o meu país", disse ainda. "Você vê, nós possuímos todas as marcas comerciais para todos os nossos nomes e também para a marca 'Narcos'. Eu não brinco com essas pessoas no Vale do Silício. Eles têm seus telefones e bons produtos. Mas eles não conhecem a vida e nunca ousariam sobreviver na Colômbia. Eu fiz isso. 'Suas mães deveriam tê-los deixado no útero': isso é o que nós dizemos a pessoas assim se eles vierem para cá", finalizou o homem de 71 anos,

De acordo com o Gaviria, "a Netflix está com medo". "Eles nos enviaram uma longa carta para nos ameaçar. Neste momento, estamos conversando com eles através dos nossos advogados", contou. O documento, preparado e enviado em 27 de julho por advogados que representam a Narcos Productions, diz que "sem conhecimento ou consentimento da empresa, em 20 de agosto de 2016, Escobar (irmão de Pablo) arquivou pedidos para registrar as marcas 'NARCOS' e 'CARTEL WARS' junto ao Escritório de Marcas e Patentes Estados Unidos, cobrindo uma gama de bens e serviços".

A carta ainda diz que esta categoria inclui "desde músicas para download" e "óculos de sol, ímãs decorativos" até "tatuagens temporárias, marcadores e partituras". Ainda, chama as reivindicações da família de "fraudulentas". "Por exemplo", escreve o advogado Jill M. Pietrini, "Escobar afirma que usou o nome 'NARCOS' na operação de um site e serviços de jogos fornecidos online a partir de uma rede de computadores desde 31 de janeiro de 1986. No entanto , a Internet não havia sido desenvolvida para o uso generalizado do consumidor em 1986, nem a capacidade de fornecer obras audiovisuais nem serviços de jogos disponíveis naquele momento".

Caso Gaviria ganhe o uso da marca registrada, a Netflix teria que reestruturar completamente a série. Segundo o CEO da Escobar Inc., Olof Gustafsson, o serviço de streaming está começando a ceder. "No começo, eles se recusaram a nos reconhecer. Depois que registramos todas as marcas e foi concedido a nós algumas delas, eles nos enviaram uma carta de desistência. Depois disso, nossos advogados e os deles entraram em acordo de que precisavam nos pagar alguma coisa. Agora é questão de determinar quanto".

Correio do Povo