"Um novo mundo"
"Durante três dias, conseguimos levá-los a um tipo de novo mundo, onde podem se desligar e passar um bom momento", ressalta Ben Barbaud, que "assume totalmente o lado Disneyland do metal". O festival não "tem cenários no fundo, bares à esquerda e batatas fritas à direita como um campo de vacas", acrescenta o chefe de Hellfest, alfinetando o evento concorrente, criado há três anos, o Download, na região de Paris, "que tem grande dificuldade em completar seu festival". "Aqui, cada euro ganho é reinvestido para o conforto dos espectadores e eles percebem isso", diz Ben Barbaud. Depois da fibra óptica e um gasoduto para abastecer os bares de cerveja no ano passado, os organizadores pavimentaram as áreas dos palcos para evitar poeira e instalaram irrigadores automáticos "como em um campo de golfe".
Quanto à programação, o Hellfest, que se tornou "tendência" para os artistas, tem este ano o astro do cinema Johnny Depp. O ator, que acaba de completar 55 anos, se apresentará nesta sexta-feira com o "Hollywood Vampires", trio criado em 2015 com Alice Cooper e o guitarrista do Aerosmith Joe Perry. A americana Joan Jett, pioneira do hard rock e do punk rock, também se apresentará no mesmo dia, com seus hits atemporais "I Love Rock'n Roll" e "Bad Reputation". Outros veteranos, os suecos do Europe e a banda britânica Judas Priest, vão subir ao palco à noite, assim como a banda de rock alternativo A Perfect Circle, que assina seu retorno depois de 14 anos de pausa. Neste sábado será a vez do retorno do grupo norueguês de black metal sinfônico Dimmu Borgir. Anunciado em novembro, o lendário Iron Maiden encerrará a 13ª edição deste domingo. No total, os seis palcos do Hellfest receberão 159 grupos de rock, heavy, death, thrash ou black metal, além de punk e hardcore.
AFP