person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Isis Valverde interpreta Angela Diniz no cinema

Filme dirigido por Hugo Prata resgata parte da biografia da socialite brasileira que foi alvo de feminicídio

Isis Valverde é a protagonista de ‘Angela’, segundo longa-metragem de Hugo Prata, que entra em cartaz nesta quinta-feira nos cinemas | Foto: Bravura Cinematográfica / Divulgação / CP

Estreia nesta quinta-feira o filme "Angela", baseado na vida da socialite brasileira Angela Diniz, interpretada por Isis Valverde. Este é o segundo longa-metragem dirigido por Hugo Prata. O primeiro foi “Elis”. 

A produção revisita os últimos meses da vida de Angela, uma mulher de família rica. Mineira que pede o desquite nos anos 1970, ela vai morar no Rio de Janeiro, onde conhece a alta sociedade através de um famoso colunista social. Com o tempo, ela se envolve com Raul (Gabriel Braga Nunes), um empresário (inspirado em Doca Street). Eles se apaixonam e resolvem viver juntos em uma praia do litoral do Rio de Janeiro. Com o tempo, brigas se tornam cada vez mais violentas.

Este drama inspirado na biografia de Angela Diniz traz à tona um dos mais conhecidos casos de feminicídio no Brasil, ocorrido em 1976, em uma década em que essa palavra ainda não existia. Na época, o caso tomou grandes proporções, especialmente por conta da defesa do assassino alegar "legítima defesa da honra" para justificar o crime. O assunto se torna bastante atual, pois, no início de agosto deste ano, o STF derrubou essa tese. O caso de Angela ressalta que feminicídios ocorrem independentemente de condição econômica e social.

Em entrevista durante o Festival de Cinema de Gramado 2023, para o qual o filme foi selecionado, Hugo Prata explicou que o foco do roteiro foi no relacionamento do casal. Foi intencional não ser “um filme de tribunal” e enfatizar a versão do advogado de defesa de Doca, apresentada no primeiro julgamento, argumentação jurídica que não é mais aceita.

É compreensível que a produção optasse por mostrar o lado feminino do caso, pois o masculino já teve ampla divulgação. Mas ao fazer um recorte nos últimos meses da vida de Angela, o contexto da vida dela não é muito aprofundado. O espectador que não tiver um conhecimento prévio dos fatos, só vai saber pelo que Angela passou para se ver livre de um casamento em que não era mais feliz por meio de alguns diálogos em cena.

Também durante o festival, Isis Valverde relatou ter sido um desafio interpretar uma personagem tão complexa. Angela era uma mulher que queria ser livre, mas não se deu conta de que estava começando a se envolver com um predador. Vivia em festas e brilhando nas pistas de dança, mas em outros momentos era tomada pela melancolia. Por vezes queria ser desprendida de conceitos tradicionais, mas quando sua posição social lhe favorecia não tinha receio em ser mimada e servida. Angela é uma protagonista que carrega estas contradições e as mudanças de costumes de seu tempo.

Veja o trailer:

 

 

Adriana Androvandi