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Jornalista e escritor Walter Galvani morre aos 87 anos

Galvani faleceu na madrugada desta terça-feira, 29, devido a uma parada cardíaca

Jornalista de 79 anos fez história no Correio do Povo e na Rádio Guaíba | Foto: Paulo Nunes/CP Memória

O jornalista e escritor Walter Galvani, 87 anos, morreu na madrugada desta terça-feira, 29, devido a uma parada cardíaca. De acordo com sua esposa, Carla Irigaray, não acontecerá velório em decorrência da pandemia da Covid-19, somente uma pequena cerimônia de despedida restrita para a família. 

Galvani estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Mãe de Deus, para tratar de machucado do joelho em decorrência de uma queda na rua em Porto Alegre. O escritor já tinha uma válvula no coração e precisaria repô-la, mas estava debilitado para o procedimento. 

Galvani nasceu no dia 6 de maio de 1934, na cidade de Canoas, onde viveu até cerca dos 20 anos, depois de rápidas aventuras de saídas e retornos, até um afastamento definitivo, quando tinha em torno de 24 anos, então fixou-se em Porto Alegre, onde residiu até 1997. Depois. foi morar em Guaíba. Ele ingressou no jornalismo em sua terra natal, Canoas, atuando no jornal Expressão em 1954. Depois disso, passou por vários veículos de comunicação de Porto Alegre, como Folha da Manhã, Folha Esportiva, Folha da Tarde e Correio do Povo. Apresentou na Rádio Guaíba os programas Espaço Aberto e o Guaíba Revista.

Sua formação é de autodidata, embora tenha cumprido inúmeros cursos de aperfeiçoamento em jornalismo e em línguas, como inglês, espanhol e italiano. Ganhador de vários prêmios regionais em jornalismo, inclusive o Prêmio ARI de Crônicas, passou a dedicar-se à pesquisa histórica a partir dos anos 90. Em 1999, foi eleito para a Cadeira de número 25 da Academia Rio-Grandense de Letras. Foi o patrono da Feira do Livro de Porto Alegre em 2003 e também patrono das feiras de Guaíba e Canoas.

Atualmente, ele escrevia crônicas semanalmente para o Diário de Canoas e a Folha de Guaíba. Também fazia publicações constantes de seus textos e reflexões em sua conta no Facebook. O seu amigo pessoal, o escritor e historiador William Keffer diz que Galvani tinha uma mente ativa, escrevendo sempre, principalmente a crônica, seu gênero preferido. “Galvani gostava da crônica, de olhar para o cotidiano com atenção”. Ele lembra que ambos se conheceram no jornal Correio do Povo e desde então mantinham uma amizade, na qual Galvani era visto como um grande mestre por Keffer. “Galvani deixa um legado de enorme importância no jornalismo e na literatura do Rio Grande do Sul e do Brasil", afirma.

Entre as publicações de Walter Galvani estão:
Um Século de Poder - os Bastidores da Caldas Júnior (1995)
Nau Capitânia (1999)
A Noite do Quebra Quebra (1993)
Anacoluto do princípio ao fim (2003)
A Feira da Gente (2004) 
Crônica: o voo da palavra (2004)

 

Correio do Povo