O julgamento pelo letal atentado de janeiro de 2015 contra a revista satírica Charlie Hebdo, que deveria ser retomado nesta segunda-feira (16) após uma pausa de duas semanas, voltou a ser adiado por uma semana, porque o réu principal continua apresentando sintomas de covid-19.
Em princípio, deverá ser retomado em 23 de novembro, sujeito aos resultados de um novo exame médico em Ali Riza Polat, disse o presidente do tribunal de Paris.
A audiência já havia sido suspensa pela primeira vez, duas semanas antes da data prevista para seu encerramento.
Os advogados das vítimas ainda não apresentaram suas denúncias, assim como a Promotoria Nacional antiterrorista e os advogados de defesa.
Desde 2 de setembro, 14 pessoas - três delas à revelia - estão sendo julgadas em Paris por terem prestado apoio logístico aos autores do atentado contra o Charlie Hebdo.
O ataque foi cometido em 7 de janeiro de 2015 e custou a vida de 12 de seus colaboradores.
Os autores materiais do ataque foram mortos pela polícia em 9 de janeiro em uma gráfica a nordeste de Paris, onde se entrincheiraram.
Após dois meses de processo, cerca de 150 testemunhas e peritos se sucederam no tribunal. O julgamento está sendo filmado pelos arquivos da Justiça, um fato inédito em termos de terrorismo, e corre sob forte proteção policial.
AFP