Serão dois momentos para compartilhar com a artista gaúcha Lara Fuke, radicada no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, dentro da primeira edição do ano do projeto “Grafite de Giz”. O público é convidado a acompanhar o processo criativo da desenhista, a partir das 9h, e depois, às 17h, a participar de um bate-papo com Lara.
Lara encara o desafio de deixar seus suportes habituais de lado e utilizar o giz para criar uma obra no painel localizado na entrada do Centro Cultural da Ufrgs (Rua Eng. Luiz Englert, 333). Sua participação ganha o título “Solte todo sol toda sorte”, em diálogo com a exposição “Múltiplo Leminski: um mergulho na obra de Paulo Leminski”, que segue em cartaz no segundo andar do Centro Cultural até o final de abril. O painel poderá ser visitado até o dia 12 de maio, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Formada em dança, Lara atualmente é mestranda em estudos contemporâneos das artes. Dança, desenha, escreve, e é autora do livro “ainda não sei tudo que já aprendi até agora”, editado pela Garupa. A publicação reúne trabalhos produzidos entre 2018 e 2020 em sua maioria veiculados na conta do Instagram da autora. O livro traz observações do mundo cotidiano. São miudezas coletadas do mundo e catalogadas com um traço simples que, talvez pela própria simplicidade, lhes emprega profundidade. Alguns elementos são recorrentes no livro: certa percepção da passagem do tempo, o desenho de corpos, a desconfiança com algumas ideias supostamente ordinárias. O exercício de Lara parece ser justamente o de deslocar os pequenos objetos e gestos de seus lugares-comuns. E seus desenhos-poemas.
O Grafite de Giz é um projeto desenvolvido desde 2019, com curadoria da professora Laura Castilhos, do Instituto de Artes. Em 2023 , contará com a participações de Joseph Kapweya, Coletivo Mães da Ufrgs (composto por Andrea Moreira, Bruna Fetter, Du Ribeiro, Luisa Crepaldi, Maria Terra Pellanda e Valeria Lang), Brünet e Viktor Steinmetz e Antônio Augusto Bueno.
Correio do Povo