O compositor, escritor e músico gaúcho Jerônimo Jardim está hospitalizado no Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre. Sua mulher, Clair da Silva Jardim, informou por postagem no Facebook que seu quadro é irreversível.
Ele tem 50 anos de carreira artística. Em 1978, lançou seu primeiro disco solo, “Jerônimo Jardim”, para a recém-inaugurada gravadora gaúcha Isaec. Foi autor de sucessos nacionais como “Purpurina”, interpretada inicialmente por Lucinha Lins, em 1981, e “Moda de Sangue”, gravada por Elis Regina em 1979. O compositor teve canções gravadas por diversos intérpretes, gaúchos e cariocas.
O artista venceu o festival Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, com a canção "Astro Haragano", composta e interpretada por ele mesmo, em 1985.
Foi premiado com troféus Açorianos (Porto Alegre) por três vezes: pelo conjunto da sua obra em 2007, como compositor de MPB em 2011 e na categoria álbum de MPB pelo seu último disco,"Singular e Plúrimo", em 2015.
Fez muitas parcerias, com artistas como Ivaldo Roque, Luiz Coronel, Geraldo Flach, Raul Ellwanger, Peri Souza, Bebeto Alves, Jaime Vaz Brasil, Sérgio Napp, Paulinho Tapajós, Toneco da Costa, Gelson Oliveira, entre outros. A composição "Rancheirinha", de Geraldo Flach, foi revisitada recentemente no disco "Flachianas", de Cristian Sperandir, e ganhou letra de Jerônimo Jardim, que foi interpretada pela cantora Shana Müller.
Como escritor, foi autor de três peças para teatro e publicou cinco livros infanto-juvenis: “Cri-Cri, o grilo gaudério” (Editora Tchê), “O Clube da Biblioteca contra a Bruxa Pestiléia” (Editora Vozes), “A revolta dos pincéis” (Editora Vozes), “Titinho e os tênis mágicos” (Editora LP&M) e “Sob fogo cruzado” (Editora LP&M). Também atuou como publicitário e foi servidor público.
No ano passado, ele foi um dos entrevistados na “Série de TV 50 Anos de Nativismo”, de nove episódios, dirigida por Henrique de Freitas Lima. O seriado foi feito para televisão (TVE/RS e TV Brasil).
Correio do Povo