person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Margaret Atwood sugere livro que explique como homens devem se comportar

Escritora canadense disse que essas publicações foram bastante comuns no passado

Ela ainda afirmou que não está interessada em editar algo no estilo | Foto: Shannon Finney / AFP / CP
A escritora Margaret Atwood sugeriu que os homens modernos precisam de livros de etiqueta para ajudá-los a entender o que se espera deles "no âmbito do comportamento". Em entrevista à BBC, a autora de "O Conto de Aia" e "Alias Grace", que foram adaptadas como séries, disse que as mudanças para que comportamentos inadequados, como assédio, sejam extintos devem ocorrer em três áreas. "Uma delas é jurisdição. Outra diz respeito às grandes instituições e corporações. A outra é o próprio comportamento pessoal", comentou a canadense de 78 anos à emissora.

• Margaret Atwood diz que movimento #Metoo é sintoma de Justiça falida

"Havia muitos livros de etiqueta sobre como se comportar, mas parece que eles foram extintos. Nós costumávamos ser bombardeados com eles na década de 50. Então, onde está o 'Sr. Boas Maneiras'. Deveria haver uma nova edição com uma coluna no estilo 'O que você faz quando...?'. Eu acho que pode ajudar os homens a entender o que pode ser esperado deles". Margaret disse que esses "guias" poderiam ser voltados para "pessoas comuns que pensam que estão em um encontro". Ao ser questionada se ela se disponibilizaria a editá-lo, responde que "devemos deixar as pessoas mais jovens lidarem com isso".

Ela foi um dos muitos escritores a assinar uma carta aberta em 2016 pedindo que a Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver, fosse investigada sobre a demissão do professor e autor Steven Galloway, após alegações de má conduta sexual. Tomar partido no caso foi uma das razões pelas quais ela foi considerada uma "má feminista misógina e violadora", escreveu no Globo e Correio do Canadá. A escritora disse à BBC que a reação que experimentou foi "bastante padrão" para "qualquer um que diz qualquer coisa, exceto 'Eu acredito em algo que uma mulher diz'". "Ficou claro que é bastante perigoso conceder infalibilidade a qualquer grupo - incluindo homens, papas e mulheres", analisou.

Correio do Povo