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Verão

Especial

Metronomy entrega tudo aquilo que se imagina dos britânicos em show no Opinião

Com apresentação impecável, banda de eletropop retornou à Capital após 8 anos

Michael Lovett, o líder Joseph Mount e Gbenga Adelekan (dir.). Entrega dos membros e jogo de luzes criavam atmosfera de imersão na música | Foto: Bruno Bujes / T4F / Divulgação / CP

O relógio marcava exatas 21h da sexta-feira 13, quando o Metronomy entrou no palco. A banda britânica cumpriu tudo que se imagina dos ingleses: com entrada pontual e roupas perfeitamente abotoadas, foi como se todos os movimentos, físicos e musicais, fossem programados e ensaiados. Em contraponto com a cultura brasileira, foi só pela terceira música que o espaço do Bar Opinião começou a encher e, no ritmo que transitava entre o indie e o eletrônico, o público pegava suas cervejas e se organizava para assistir à banda.

As luzes predominantemente em tons azuis, com intervenções dequeles quentes e projeções geométricas, criavam a atmosfera de imersão na música. A perfeição do espaço combinava com o tom a banda: dançando nos ritmos propostos, onde até as pausas pareciam premeditadas, os membros propunham, numa conexão uns com os outros, a conexão com o público.

Já se passaram oito anos desde a primeira vinda do Metronomy para Porto Alegre. Em 2011, o grupo se apresentou no finado Beco. À época, eles viajavam com o álbum "The English Riviera", de 2011, o de maior sucesso da carreira até aqui. É desse álbum a música mais famosa deles: "The Look", que apareceu no final do setlist e foi a mais cantada pelo público. Com uma carreira de 13 anos, o grupo soube equilibrar um setlist que divulgava o recém lançado "Metronomy Forever", com as já queridinhas do público. 

Foi com a combinação de clássicas (para os apreciadores da música independente) e batidinhas modernas, que os cinco membros embalaram o público na apresentação que transitou entre show e festa - em alguns momentos se cantava junto, em outros, apenas se dançava de olhos fechados para apreciar o ritmo eletrônico dos teclados. É no contraste da organicidade das vozes e instrumentos de corda com os sintetizadores que se faz o Metronomy.

O resultado não seria possível sem a pluralidade dos músicos: liderados por Joseph Mount, compositor, vocal, guitarra e teclado, os parceiros Anna Prior, bateria e vocal, Oscar Cash, saxofone, vocal de apoio, guitarra e teclado, Gbenga Adelekan, baixo e vocal, e Michael Lovett, teclado e violão, pareciam realmente querer estar ali: mais do que um simples cumprir de agenda, os músicos estavam entregues. Em determinado momento, cada um mostrou o que tinha aprendido da língua portuguesa. Anna Prior desejou “feliz natal” e "Lovett" foi um pouco mais inusitado: disse apenas “capivara”. 

Entregue à música e ao público, Mount chegou até a dizer que o Metronomy estava considerando uma mudança para o Brasil. Pelo jeito, eles não devem esperar mais oito anos para retornar aos palcos gaúchos. E, tudo bem, o público presente não chegou a lotar o Opinião. Mas, com certeza, quem estava lá vai querer se reencontrar com eles tão logo uma nova oportunidade venha a surgir.

Caroline Grüne