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Verão

Especial

Miguel Falabella apresenta filme "Veneza" no 47º Festival de Cinema de Gramado

Longa traz no elenco as atrizes Carol Castro, Dira Paes e Danielle Winits

Com um grande elenco feminino, Miguel Falabella dirigiu o longa "Veneza" | Foto: Edison Vara / Pressphoto / Divulgação / CP

O filme “Veneza”, dirigido por Miguel Falabella, foi exibido no Palácio dos Festivais, na quinta-feira à noite, dentro da mostra competitiva da 47º Festival de Cinema de Gramado. O diretor estava acompanhado do elenco que conta com as atrizes Carol Castro, Dira Paes e Danielle Winits e os atores Eduardo Moscovis, André Mattos e Caio Manhente, entre outros.

A história acompanha a dona de um bordel, Gringa, vivida pela atriz espanhola Carmen Maura. Idosa e cega, ela nutre o sonho de ir a Veneza, onde pensa em encontrar o grande amor de sua vida, um homem que a pediu em casamento no passado, quando ela era uma jovem prostituta, mas que ela abandonou. Gringa pressiona as prostitutas mais novas para levá-la, sendo uma espécie de "último desejo". 

Desta forma, os personagens tentam encontrar uma saída para realizar este sonho. E vão contar com um circo próximo para isso, investindo no poder da imaginação, visto que os custos de uma viagem à Itália estão acima de suas condições.

Rodado em 28 dias em Montevidéu (devido a Carmen Maura, que não pôde vir ao Brasil porque não podia tomar a vacina contra febre amarela) e em duas noites em Veneza, o filme mistura lirismo e erotismo. As prostitutas são mostradas de uma forma que, atualmente, parecem ultrapassadas, mas como mulheres muito exuberantes e alegres. 

O diretor revelou em entrevista que quis dar à trama um olhar de fábula. “Eu não quis mostrar as mulheres mais desgraçadas do que elas eram, quis mostrá-las de forma fabulosa, fazer uma festa de latinidade”, explicou o diretor sobre sua proposta.

“Eu queria mulheres pop sobre um cenário de Visconti, com o fundo em tom esverdeado típico dos filmes dele”, complementou o cineasta, referindo-se às obras do cineasta italiano Luchino Visconti (1906 – 1976) e argumentando que cada ângulo de câmera foi muito pensado antes de entrar na edição.

O longa é inspirado no texto do escritor Jorge Accame, que já foi adaptado por Falabella para teatro e agora chega ao cinema. O diretor conta que encontrou resistência ao seu projeto, porque as pessoas o associam muito à comédia e este filme flerta com o melodrama. “Nenhum de nós é uma coisa só. Gosto de fazer várias coisas. Além de teatro e cinema, pretendo lançar um romance em breve”, adiantou. 

Com formação em Letras, Falabella também disse que tem se emocionado com o retorno que tem recebido com postagens diárias no Instagram, que ele batizou de “Bom Dia Poesia”.  “Todos os dias recito um poema na minha conta no Instagram e me surpreendo sobre como as pessoas contam que não conheciam nossos autores brasileiros, como Cecília Meireles. Precisamos fazer algo sobre isso”, justificou.

O filme dividiu opiniões em Gramado, mas seu elenco estelar tem causado frenesi nos espectadores e fãs que estão na cidade.

Adriana Androvandi