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Verão

Especial

Montagem do espanhol García Lorca fica em cartaz até domingo em Porto Alegre

“Bernarda” tem sessões diárias às 20h30min até domingo, no Teatro Renascença

Peça levanta questionamentos sobre a sociedade machista | Foto: Luciane Pires Ferreira / Divulgação / PMPA / CP
A montagem “Bernarda”, uma adaptação da obra “A Casa de Bernarda Alba”, do espanhol Federico García Lorca, tem sessões nesta sexta e final de semana, sempre às 20h30min, no Teatro Renascença (Erico Veríssimo, 307). A peça levanta duros questionamentos sobre a sociedade machista assim como desafia as tradições, a força coercitiva da religião e da cultura. Ela retrata um universo doméstico opressivo que abriga a tragédia da virgindade, o explosivo resultado da repressão sexual e a amarga sina de mulheres que nunca terão a oportunidade de escolher seus maridos.

“A Casa de Bernarda Alba”, de 1936, é a última peça- e a terceira da trilogia de dramas folclóricos - de García Lorca. É também seu único texto de teatro escrito em prosa, no qual o autor recorre ao simbolismo para realizar uma nova investida. O espetáculo que se inicia com a morte e encontra seu desfecho na morte. Uma tradicional família de cinco filhas solteiras (Angústias, Madalena, Martírio, Amélia e Adela) uma mãe despótica (a mulher que dá nome ao espetáculo), uma avó louca e duas criadas tratadas como animais de carga povoam essa história mergulhada no preconceito, no autoritarismo, na repressão sexual e na opressão das mulheres.

No enredo, com a morte de seu segundo marido, Bernarda decretara um luto de oito anos, submetendo suas filhas à reclusão dentro das frias paredes da casa, com as janelas cerradas. Duas das moças, porém, apaixonadas por um mesmo galanteador das redondezas, um rapaz de vinte e cinco anos chamado Pepe Romano, desencadeiam no meio daquele luto uma disputa cruel e perigosa para conquistarem o amor do mesmo homem, com conseqüências trágicas.

Correio do Povo