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Morre aos 91 anos o sociólogo e filósofo Zygmunt Bauman

Intelectual foi um dos principais pensadores do século XX

Bauman foi o inventor do conceito de modernidade líquida | Foto: Zahar Editores / Divulgação / CP
O sociológo e filósofo polonês Zygmunt Bauman morreu nesta segunda-feira, aos 91 anos. Conforme informações do jornal Wyborcza, da Polônia, o intelectual estava em Leeds, na Inglaterra, onde residia há anos. Ainda não foram divulgados detalhes sobre a causa da morte.

Bauman foi um dos pensadores-chave do século XX e se manteve trabalhando até seus últimos momentos. Ele foi o criador do conceito da "modernidade líquida", que abriu um vasto campo de estudos para diversas áreas. Em sua biografia, constam extensas reflexões sobre a sociedade e as mudanças do mundo atual, discutindo também como as relações atuais na sociedade tendem a ser menos frequentes e duradouras.

Zygmunt Bauman nasceu em Poznan em 19 de novembro de 1925. Era criança quando sua família, judia, fugiu para a União Soviética para escapar do nazismo, e, em 1968, teve que abandonar seu próprio país, desempossado de seu posto de professor e expulso do Partido Comunista em um expurgo marcado pelo antissemitismo após a guerra árabe-israelense.

Renunciou à sua nacionalidade, emigrou a Tel Aviv e se instalou, depois, na Universidade de Leeds (Inglaterra), onde desenvolveu a maior parte de sua carreira. Sua obra, que arranca nos anos 1960, foi reconhecida com prêmios como o Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades de 2010, que recebeu junto com Alain Touraine.

No Brasil, sua obra foi amplamente publicada pela Editora Zahar. Seu último livro traduzido para português no país foi "A riqueza de poucos beneficia todos nós?", lançado em 2016. O último livro de Bauman publicado foi "Obcym u naszych drzwi", no qual ele discutiu a crise da imigração mundial e o "pânico moral" por ela causado.

Casado com Janine Lewinson-Bauman desde a época do pós-guerra, ele deixa três filhas. 

Correio do Povo