person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Morreu o cartunista argentino Quino, criador da Mafalda

Joaquín Salvador Lavado faleceu nesta quarta-feira (30) aos 88 anos

Quino faleceu aos 88 anos | Foto: Alejandro Pagni / AFP

O cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado, conhecido como "Quino" e criador da Mafalda, faleceu nesta quarta-feira (30) aos 88 anos, informou seu editor, Daniel Divinsky, em seu Twitter. 

"Quino morreu. Todas as pessoas boas do país e do mundo ficarão de luto por ele", escreveu Divinsky, diretor das Ediciones de la Flor.

Conhecido mundialmente pelo pseudônimo de Quino, Joaquín Salvador Lavado Tejón, nasceu em Mendoza em 1932. Filho de andaluzes imigrantes, descobriu sua vocação graças ao tio Joaquín, pintor e designer gráfico, e começou a estudar Belas Artes em sua cidade natal aos 13 anos. Ele abandonou os estudos em 1949, decidido a se dedicar aos quadrinhos e ao humor. Publicou sua primeira página em 1954 e depois seus cartuns, desenhos e histórias em quadrinhos em jornais e revistas da América e da Europa. 

Após o golpe militar de 1976 na Argentina, Quino foi exilado em Milão. Em 1990, ganhou a nacionalidade espanhola e também residiu alternadamente entre Madrid, Paris, Milão e Buenos Aires. Reconhecido como um dos maiores cartunistas do mundo, Quino ganhou fama com suas histórias em quadrinhos de Mafalda. Apesar do sucesso da menina, a personagem foi criada para uma campanha publicitária fracassada. A primeira tirinha foi publicada no dia 29 de setembro de 1964, na capital argentina no semanário Primera Plana. Na série, Quino refletia o mundo dos adultos visto pelos olhos de um grupo de crianças. 

A protagonista é uma garota curiosa, inteligente, irônica, inconformista, preocupada com a paz e os direitos humanos, que odeia sopa e ama os Beatles. As histórias desta personagem rebelde, que chegaram à Europa em 1969 graças a Umberto Eco, que a definiu como uma “heroína furiosa”, foram traduzidas para vinte e seis línguas e publicadas em jornais e revistas de todo o mundo. Quino deixou de desenhá-la em 1973. No entanto, o interesse pela Mafalda manteve-se até aos dias de hoje, com reedições dos seus livros adaptados às novas tecnologias e agora disponíveis em formato e-book.

AFP e Correio do Povo